Mãe dorme sobre filho e ele morre: veja casos e como não colocar o bebê em risco
Casos de morte ou quase morte de bebês podem servir de alerta sobre os cuidados que pais e cuidadores devem tomar quando estão com os pequenos
Por iG Delas |
A morte de um bebê na madrugada de domingo (21) na cidade de Garanhuns, Pernambuco, ganhou repercussão na imprensa e está servindo de alerta aos pais sobre o cuidado com bebês. De acordo com a mãe da criança, ela acordou para amamentar a criança, mas acabou adormecendo. Quando acordou novamente, estava sobre a criança.
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O bebê foi levado para o hospital da cidade, mas estava sem vida quando chegou ao local. O laudo da unidade de saúde indica engasgo como a causa da morte da criança. A Polícia Civil está investigando se houve negligência por parte da mãe.
Esse não é o primeiro caso que chama a atenção sobre o cuidado com bebês . Relembre alguns casos que levaram bebês à morte ou quase morte:
- Caso #1: morte após beijo
Em novembro de 2018, a norte- americana Presley Trejo relatou em seu Facebook a morte da sua filha, Emerson, após receber o beijo de um adulto. De acordo com a mãe, a recém-nascida de 12 dias contraiu um vírus chamado de herpes simples, conhecido como “beijo da morte”.
Como recém-nascidos ainda tem pouco ou nenhum sistema imunológico, é mais fácil contrair um vírus e ter complicações que podem levar à morte. No caso de Emerson, o vírus foi passado por um adulto que a beijou.
- Caso #2: engasgo com maçã
Na Nova Zelândia, Neihana, um menino de um ano e dez meses, ficou paraplégico após engasgar com um pedaço de maça. Após o engasgo, ele parou de respirar e teve uma parada cardíaca. O acidente também fez com que ele sofresse uma paralisia cerebral, o que o deixou paraplégico, sem conseguir engolir, falar e mover o corpo.
- Caso #3: morte após ingestão de álcool
Em janeiro deste ano, um bebê de apenas oito meses de vida morreu na Rússia após ter ingerido vodca. De acordo com o site “Daily Mail”, acredita-se que a responsável pela morte tenha sido a própria mãe. A responsável teria dado a bebida alcoólica na intenção da fazer a criança dormir.
- Caso #4: engasgo com pipoca
Nash Goddard, um garoto de três anos, estava assistindo um filme com seus pais quando engasgou com milho de pipoca. Ele rapidamente parou de tossir, mas, alguns dias depois, o engasgo virou um problema sério. O menino começou a tossir, ficar febril e apresentar dificuldade para respirar.
A mãe de Nash fez um relato nas redes sociais e conta que ele aspirou a pipoca para os pulmões quando engasgou, o que causou uma pneumonia no pulmão esquerdo. Para retirar o pedaço de milho, ele precisou fazer uma cirurgia.
- Caso #5: engasgo com remédio
Em Chapadão do Sul, Mato Grosso do Sul, um bebê de dois meses engasgou com um remédio e saliva. Os pais deram o comprimido usando uma seringa, o que não é recomendado. Como consequência, a criança ficou desacordada, sem respirar e quase roxa. Os responsáveis precisaram acionar o corpo de bombeiros, que conseguiu socorrer o bebê a tempo.
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- Caso #6: morte após beijo
Na Inglaterra, Kiara, um bebê de 14 dias, morreu após contrair o vírus da herpes após ser beijada por um adulto, o famoso “beijo da morte”. De acordo com a mãe ao site “Daily Mail”, o vírus fez com que a menina contraísse uma infecção, o que comprometeu o funcionamento de alguns órgãos e a levou à morte.
- Caso #7: morte em cama compartilhada
Na Inglaterra, Joey Willis morreu com apenas seis dias de vida após dormir com seu pai, Kevin, no sofá. De acordo com os pais, o bebê estava inquieto por conta da cólica e o pai foi para o sofá na tentativa de acalmar a criança. Ele achou que seria apenas um cochilo, mas a soneca durou mais que o esperado e, quando o pai acordou, Joey não estava mais respirando.
A causa da morte ainda não foi definida, mas, de acordo com o jornal “Devon Live” , a juíza do caso acredita que a cama compartilhada pode ter sido um fator que contribuiu para morte do recém-nascido.
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Cuidado com bebês
Adotar alguns cuidados e medidas de precaução podem diminuir as chances de acontecer uma situação como as listadas acima. Como principais casos que morte ou quase morte estão ligados à prática da cama compartilhada, beijo ou engasgos, indicamos mais de um cuidado com bebês e crianças pequenas que os pais devem tomar.
Cama compartilhada com segurança
Dormir no mesmo ambiente do recém-nascido pode ser algo muito prático para os pais. “No começo, ainda não há uma rotina nas mamadas e ater o bebê no mesmo quarto pode facilitar”, explica a neuropsicóloga Deborah Moss em entrevista prévia ao Delas .
No entanto, quando falamos de recém-nascidos, a cama compartilhada pode ser muito perigosa, já que a criança corre risco de ser sufocada ou até mesmo esmagada pelos adultos durante o sono.
Apesar do alerta, a prática não precisa ser totalmente abolida. Adotar alguns cuidados pode ser a solução para dormir com os bebês garantindo a segurança:
- Nunca deixe o bebê sozinho na cama.
- Certifique-se de que o bebê não possa cair da cama ou ficar preso entre o colchão e a parede.
- Evite deixar animais de estimação e outras crianças na cama.
- Mantenha o espaço ao redor do bebê livre de travesseiros e cobertas.
Cuidados com a alimentação
Estar atento à alimentação das crianças é essencial para evitar engasgos . De acordo com a médica Sarah Alexander, da ONG Global Child Forum, alimentos crus ou difíceis de mastigar não devem ser dados às crianças. “Dar alimentos como um pedaço de maçã crua, pipoca, uva e entre outros para crianças pequenas não é recomendado. Elas podem engasgar”, diz.
Além disso, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta que a pipoca é um dos alimentos mais perigosos para crianças e só deve ser consumida após os quatro anos de idade.
Contato com recém-nascidos
Segundo os especialistas, beijar bebês, principalmente nas mãos e na boca, pode ser prejudicial à saúde. Em entrevista prévia ao Delas, Katia Nineth Porcel Rosales, médica do CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim), explica que é possível transmitir doenças no beijo.
De acordo com ela, como as crianças ainda tem um sistema imunológico pouco fortalecido, são mais vulneráveis a processos infecciosos. Nesse sentindo, outro cuidado com bebês é sempre lavar as mãos ou usar álcool gel antes de ter contato com a criança, uma vez que as mãos são facilmente uma fonte de transmissão de bactérias, vírus e fungos.