A chegada de um bebê exige uma série de cuidados, tanto por parte da família como das visitas. Especialmente até os dois meses de idade, alguns hábitos e comportamentos devem ser repensados para garantir a saúde do recém-nascido , já que o sistema imunológico ainda é vulnerável e contrair qualquer tipo de infecção não é difícil.
Apesar de a necessidade desses cuidados ser de conhecimento geral, não são raro casos em que familiares passaram alguma doença ou infecção para o recém-nascido . Recentemente, um desses casos chamou a atenção e serviu de alerta aos pais. Presley Trejo, uma mãe norte-americana, fez uma publicação nas redes sociais relatando a morte da sua filha que aconteceu após um adulto beijá-la.
De acordo com a mãe, após uma pessoa beijar sua filha, ela contraiu o vírus chamado de herpes simples, comumente conhecido como “beijo da morte” para bebês. Segundo Presley, quando um adulto que tem o vírus beija um bebê, ele rapidamente se espalha e compromete os órgãos da criança, assim como aconteceu com sua filha.
A morte da criança foi consequência de um descuido que poderia ser facilmente evitado se as pessoas tivessem mais acesso à informação e consciência das consequências que pequenas ações podem causar a um bebê.
Para impedir que situações como essa se repitam, conversamos com Katia Nineth Porcel Rosales, médica do CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim) sobre quais atitudes devem ser evitadas para preservar a saúde dos bebês e garantir um desenvolvimento sem complicações.
O que evitar fazer em recém-nascidos
No geral, manter a higiene e não ter contato com a criança quando se está doente ou sujo são os principais pontos para evitar complicações, mas outros comportamentos também devem ser evitados. Veja com detalhes quais outras atitudes devem ser impedidas quando o assunto é a saúde dos recém-nascidos.
- Beijar
De acordo com a especialista, beijar os bebês , principalmente na boca e nas mãos, pode ser prejudicial à saúde. “No beijo é possível transmitir muitas doenças”, alerta Katia. A médica explica que como as crianças ainda tem um sistema imunológico pouco fortalecido, elas são mais vulneráveis a processos infecciosos.
- Pegar com as mãos sujas
Lavar as mãos ou usar álcool gel antes de ter contato com a criança é fundamental para evitar complicações, uma vez que as mãos facilmente são uma fonte de transmissão de bactérias, vírus e fungos.
- Balançar
Seja de brincadeira ou na hora do desespero para aliviar um engasgo, por exemplo, balançar o bebê com força é algo que deve ser evitado pelos adultos. As complicações podem ser tão graves que até existe a “Síndrome do bebê sacudido”, que é quando a criança sofre lesões cerebrais por ser balançada com força.
Como o volume cerebral ainda é desproporcional ao corpo do bebê, o órgão pode sofrer abalados dentro da caixa craniana quando são feitos movimentos bruscos. Mas não se assuste! Ninar a criança e balançar carinhosamente é diferente de um movimento brusco e com força.
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- Agasalhar muito
Alguns pais costumam exagerar na hora de colocar a roupa do bebê e, ao invés de prevenir doenças por conta do frio, podem acabar causando uma hipertermia. “O ideal é manter a temperatura média de 36,5°”, orienta Katia.
- Não dar exclusividade ao leite materno
A especialista também alerta para a atitude de alguns pais que introduzem fórmulas infantis, quebrando a orientação de manter o leite materno exclusivo. De acordo com Katia, o aleitamento materno exclusivo é importante para garantir a imunidade do bebê.
- Dar chupeta
“A chupeta é um meio de transmissão de infecções”, alerta. Além disso, o uso prolongado pode afetar a formação da arcada dentária da criança.
- Ter contato com a criança quando se está doente
É fundamental evitar que familiares e outras visitam gripadas ou doentes tenham contato com o bebê. Como já dito anteriormente, o sistema imunológico não está completamente formado e as consequências de uma gripe ou resfriado no bebê podem ser fatais.
- Soprar a papinha
Após o aleitamento materno exclusivo do recém-nascido , começa o período de introdução alimentar com papinhas. Nesse momento, é comum que pais e mães soprem a papinha na intenção de evitar que o bebê se queime. Apesar da boa intenção, isso não é o recomendado, principalmente se o responsável apresenta um quadro infeccioso. O ideal é esperar o alimento esfriar naturalmente.