Mãe de três crianças, Irina Volkova, de 29 anos, não queria cuidar do seu terceiro filho. Para lidar com a situação, ela resolveu vendê-lo para uma desconhecida que conheceu online por um valor próximo a R$297. A compradora, Anna, de 23 anos, é casada e alega ser infértil. Por isso, inventou um esquema com Irina para ficar com o recém-nascido.

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Irinina Volkova não queria cuidar do seu terceiro filho e fez um esquema online para vender o recém-nascido por R$297
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Irinina Volkova não queria cuidar do seu terceiro filho e fez um esquema online para vender o recém-nascido por R$297

O caso foi divulgado pelo Comitê de Investigação Russa e, de acordo com o jornal local Komsomolskaya Pravda , a situação é um típico exemplo do comércio de mercado negro de recém-nascido que acontece no país.

“Histórias semelhantes estão acontecendo em toda a Rússia. Mulheres estão dando à luz e usam documentos de outras mulheres para enganar o sistema legal de adoção ”, fala Vladimir Tsurkanu, representante do Comitê, ao jornal.

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Como a venda do recém-nascido foi feita

As mulheres foram descobertas pela  venda do recém-nascido e podem ser condenadas a até dez anos de prisão
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As mulheres foram descobertas pela venda do recém-nascido e podem ser condenadas a até dez anos de prisão

Para entregar o bebê à outra mulher, Irina fez uma viagem de 15 horas de carro para poder dar à luz na cidade de Anna.  Assim, ficaria mais fácil delas concluírem o esquema. “Ela pediu o passaporte de Anna e foi internada no hospital usando o nome dela”, diz Vladimir.

Quando deu entrada no hospital, médicos até notaram que a mulher e a foto do passaporte não batiam e ficaram atentos quanto a isso, mas, nadaquele momento, nada foi feito. No dia seguinte ao parto, Irina saiu da maternidade deixando o bebê  para trás.

Quando Anna foi ao hospital buscar a criança, os médicos identificaram que não era a mãe biológica e ela foi detida pela polícia. “A mãe biológica foi acusada de vender seu filho. Ela se declarou culpada e se arrependeu”, fala o representante do Comitê. “Anna também deu provas a nós. Até o momento, temos provas que culpam as mulheres e a colocam como cúmplices”, completa Vladimir.

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De acordo com a polícia local, o ideal é que o recém-nascido seja encaminhado para adoção, para que tanto Irina quanto Anna fiquem loge dele e não o criem. “As duas acusadas podem enfrentar até dez anos de prisão”, finaliza.

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