Para passar mais tempo com o filho Carlo, de oito anos, a britânica Angela Rose, de 36 anos, escreveu para a escola do menino explicando que ela só tem meses de vida e, por isso, queria que ele fosse dispensado para passar mais tempo com ela durante um feriado. Entretanto a mãe foi informada pela instituição que o câncer terminal dela não era uma “circunstância excepcional” e negou a dispensa da criança.
Segundo informações do portal britânico “The Sun”, Angela foi diagnosticada com câncer de mama há 14 meses, mas em poucas semanas a doença se espalhou para os ossos e para o cérebro e os médicos disseram que ela só terá no máximo dois anos de vida. “Se uma mãe de 36 anos está morrendo e quer levar seu filho de férias pela última vez não é um caso excepcional, então eu tenho medo de pensar o que pode ser um”, desabafa a mãe.
Carlo estuda na Stanton Middle School, uma escola de Milton Keynes, na Inglaterra. Após o caso ganhar repercussão, a instituição decidiu voltar atrás na sua decisão inicial, pediu desculpas e librou o menino, que tem 98% de presença nas aulas, para um final de semana com a mãe.
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Um porta-voz da escola chegou a se pronunciar: “Embora soubéssemos que ela tinha problemas de saúde , não percebemos a extensão total deles. Nós deveríamos ter verificado isso com detalhes, mas não tivemos essa atitude e sentimos muito. Ciente disto é claro que vamos conceder esta licença”.
Mesmo com câncer, a mãe poderia ser multada
No entanto, Angela, que tem mais outros dois filhos, ainda está irritada com a escola, pois ficou com medo desse simples pedido trazer complicações futuras, como uma multa para a família. No Reino Unido, os Regulamentos de Educação são bem rígidos e, desde 2006, os diretores só podem conceder licença aos alunos em “circunstâncias excepcionais” e os pais podem ser multados pela ausência não autorizada de uma criança.
“Eu tive que preencher um formulário explicando as razões pelas quais eu queria tirar meu filho da escola durante o período letivo. Claramente, afirmei que eu tenho um câncer terminal e este poderia ser nosso último feriado juntos”, conclui a mãe que ainda está indignada com a atitude inicial da escola.