Os pais de Charlie Parker trabalham no Ballarat Wildlife Park, na Austrália, e cuidam de animais como ninguém. Desde que Julia Leonard engravidou, ela e o marido decidiram que o filho teria contato com os bichos do espaço desde cedo, e talvez seja por isso que Charlie, aos oito anos, ame um crocodilo.
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"Quando as pessoas me vêem, elas ficam impressionadas porque eu sou muito jovem”, diz orgulhoso à Barcroft TV. O garoto, que já tem até um uniforme para ajudar os pais no trabalho, adora cuidar do crocodilo chamado Crunch e já é considerado uma atração à parte no parque da Austrália.
Turistas e visitantes não perdem a oportunidade de fotografar o garotinho mostrando que realmente domina as técnicas para cuidar do réptil. “Meus amigos acham que sou legal porque trabalho com animais o tempo todo e eles querem ser como eu um dia. Quando crescer, quero ser um profissional da área”, afirma com segurança.
O parque conta com cerca de 50 espécies de répteis e 20 de mamíferos. Os pais de Charlie contam que acompanham o filho pelo espaço, mas garantem que ele já está pronto para se aproximar de qualquer animal sozinho.
“Meu filho gosta de trabalhar com os pinguins, os mamíferos, e principalmente os répteis. Ele é muito natural com todos, é como um pequeno David Attenborough (biólogo), na verdade”, explica Greg Parker.
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O pequeno ressalta que não tem medo de nenhum bicho, já que lida com eles desde cedo. A primeira vez que tocou no crocodilo que tanto ama foi aos três anos de idade e de lá para cá não o largou mais.
“Criei uma relação de confiança com ele”, afirma Charlie, que segundo o pai, tem uma vocação que não dá para esconder de ninguém: “Todos percebem que ele ajuda muito aqui no parque, mesmo sendo novinho, e acham isso bonito.”
Crocodilo já preocupou pais e conhecidos
Os pais de Charlie, embora deixem o filho de oito anos circular pelo zoológico, já se preocuparam com a relação do garoto e o crocodilo, mas perceberam que o menino realmente leva jeito para o negócio e não corre riscos.
“O Charlie respeita o Crunch. Ele é um grande crocodilo selvagem e bastante perigoso, mas Charlie está bastante confortável com ele, entra lá o tempo todo, sabe seus limites”, afirma.
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O menino, inclusive, coleciona algumas cicatrizes pelo corpo e seus pais, que também mostram as suas com orgulho, acreditam que isso é natural e faz parte do trabalho. “Todos nós temos dedos mordidos e algumas cicatrizes ao longo dos anos, Charlie está ganhando as dele”, diz. “Eu já fui mordido por uma cobra, um crocodilo
e um jacaré”, completa o garoto, sem se importar com a dor ou demonstrar traumas.