Siobhan Wend não viu o nascimento do próprio filho. No dia em que Arlo veio ao mundo, os médicos que fizeram a cesárea nela decidiram aplicar uma anestesia geral na moça devido a uma alteração em suas plaquetas. O resultado foi positivo, afinal, mãe e filho ficaram bem, mas Siobhan sofre até hoje sempre que pensa que não ouviu o primeiro choro de seu pequeno.
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“O desejo de saber se ele estava bem foi a parte mais difícil. Muitas mães ouvem o primeiro choro para saber que [as crianças] estão vivas e respirando, o que eu não experimentei", conta ela em entrevista ao veículo britânico "Daily Mail". Os médicos ainda deram a opção de Siobhan esquecer a cesárea e se submeter a um parto normal, mas deixaram claro que ela corria riscos e seria levada para a emergência de qualquer maneira.
“Dados os níveis de estresse que surgem quando isso acontece, achei que preferiria a anestesia geral. Ainda é assustador, mas não tão assustador como se não fosse planejado por mim porque eu era capaz de imaginar o que iria acontecer”, afirma ela, que, antes de entrar em trabalho de parto, ficou com medo de não sair viva do centro cirúrgico.
Quando deu um beijo de despedida no marido, o pior passou pela cabeça da mamãe de primeira viagem. “Eu me perguntava: ‘Será que vou segurar ou beijar meu bebê?’", revela. A moça perdeu cerca de um litro e meio de sangue durante a cirurgia e não viu o filho assim que acordou. O recém-nascido Arlo precisava estar forte o suficiente para ter o primeiro contato com a mãe e isso só aconteceu depois de muitas horas.
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“O ideal seria eu acordar em 40 minutos e logo pegar meu filho nos braços, mas precisei esperar bem mais. Os médicos também me fizeram uma transfusão de sangue e eu fiquei muito debilitada”, diz ela.
Apoio de enfermeiras foi fundamental após a cesárea
Embora não estivesse acordada para ver o rostinho do filho, a mãe diz que ficou grata (além de finalmente muito tranquila) quando soube que as enfermeiras do hospital haviam tomado a iniciativa de coletar seu colostro para alimentar Arlo, o que ajudou a desenvolver o vínculo entre mãe e filho.
Outro aspecto importante da recuperação de Siobhan foi o fato de que ela ingeriu a própria placenta, garantindo mais ferro e força ao organismo. "Embora eu tenha passado por momentos assustadores, tive muita sorte porque fiz um bom parto", conclui a mãe emocionada ao lembrar como foi a primeira vez que pegou Arlo no colo.
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"Eu segurei meu filho lindo com força e beijei sua cabeça macia. Senti muito amor por ele. As pessoas ficam presas ao fato de o parto ser natural ou não, mas tudo o que importa é que você tenha um bebê saudável e feliz. Na faculdade, ninguém pergunta se você nasceu de uma cesárea ”, argumenta.