Uma australiana que já é mãe de duas crianças está a espera do terceiro filho e descobriu que terá de passar por uma cesárea. Laura Mazza mantém um blog sobre maternidade e, assim como outras mulheres, sabe bem quais são os comentários maldosos sobre os partos que não são vaginais. Por conta disso, decidiu explicar os motivos pelos quais a cesariana não é a forma mais fácil de ter filho.
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“As pessoas falam: é a forma mais fácil, é uma questão conveniência, você não deu à luz de verdade, seu filho vai crescer obeso, eu não quero ver isso. Estas são, literalmente, coisas que eu li e ouvi serem ditas sobre mães que tiveram de fazer cesárea , sem exagero”, inicia Laura.
A mãe fala que já teve dois partos vaginais, mas por conta de um problema na placenta não vai conseguir dar à luz naturalmente desta vez. Não há outra solução, não há nem escolha no caso de Laura, já que se trata de uma questão de vida ou morte para ela e para o bebê.
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“Imagine passar por uma situação de vida ou morte, para depois ouvir ‘você não deu à luz de verdade’. Imagine que você ficou 36 horas em trabalho de parto, os batimentos cardíacos de seu bebê começaram a cair, e depois te falam ‘foi uma questão de conveniência’. Imagine saber que você poderia ter perdido seu bebê se não tivesse feito uma cesariana, para escutar ‘é a forma mais fácil’. Imagine estar pronta para dar à luz em uma piscina e com óleos essenciais, imagine ter um grande sonho e desejo de ter um parto de uma determinada forma, para depois vê-lo despedaçado e pessoas rejeitarem sua cicatriz com um ‘eu não quero ver isso'. Eu digo, dane-se estas pessoas.’”
Conselho para outras mães
Após fazer o desabafo, Laura lembra outras mães que, como ela vão ter de passar ou já passaram por uma cesariana, são fortes e “não apenas por você, mas pelos seus filhos também”. “Para as mulheres que tiveram partos vaginais, vocês são fortes. Na verdade, todas nós somos fortes, nós somos lindas e todas temos o direito de dizer que demos à luz nossos filhos.”
A australiana brinca que, em determinado momento, todas as crianças vão crescer, cutucar o nariz, comer sujeira, crescer mais, se apaixonar, e, enquanto isso, as mães estarão os assistindo, com muito amor, sendo tudo o que eles precisam, “sacrificando os próprios corpos para que eles possam ter a primeira respiração”.
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“Uma estria não define uma mãe, uma barriga não define uma mãe, e uma cicatriz, definitivamente, não define uma mãe. Todas essas coisas são só lembranças de que o amor materno é o mais resistente, forte e incomparável tipo de amor que existe, então exiba sua cicatriz com orgulho”, completa Laura.
O relato de Laura sobre a cesárea foi compartilhado em sua página no Facebook e no Instagram e recebeu milhares de reações nas redes sociais. Centenas de mães se identificaram com a australiana e não só agradeceram pelo desabafo como reforçaram a ideia de que uma cesariana não é nada fácil.