Apesar de ser um momento muito aguardado por todas as futuras mamães que querem ver logo o rostinho de seus bebês, o parto também é uma situação que desperta temor. Isso porque, normalmente, dar à luz é doloroso, mas, após passar por uma experiência ruim com o nascimento de sua primeira filha, Amandine Mangin decidiu procurar alternativas para sentir menos dores - e até prazer - no momento em que tivesse o próximo bebê.

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Após estudar o assunto, Amandine Mangin afirma que seu segundo parto foi semelhante a fazer sexo intensamente
Reprodução/Facebook
Após estudar o assunto, Amandine Mangin afirma que seu segundo parto foi semelhante a fazer sexo intensamente

A solução? Um parto “orgásmico”. Durante as pesquisas, Amandine ouviu falar no conceito de " parto prazeroso" e ficou, ao mesmo tempo, intrigada e esperançosa. “A ideia de dar à luz com prazer fez parecer que um novo mundo estava se abrindo para mim. Após a surpresa, passou a fazer sentido. Nós concebemos nossos bebês com prazer, não seria normal e natural trazê-los ao mundo com prazer?”, conta a moça ao portal australiano “News”.

Apesar de ter passado por um primeiro trimestre complicado com enjoos que duravam o dia todo, Amandine conta que se manteve ativa durante a gravidez. Por atuar como instrutora de ioga pré-natal, a mulher realizava exercícios da prática e fazia caminhadas, chegando a andar 10 km apenas três dias antes do nascimento do segundo filho. A partir do momento em que decidiu dar à luz de forma prazerosa, ela também começou a preparar o corpo de outras formas.

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“É uma abordagem holística, uma preparação física com ioga, respiração, dança, massagem, meditação e relaxamento. Basicamente, é livrar-se de uma ‘programação’ e de crenças ultrapassadas – como a de que partos são dolorosos – e atualizar o cérebro com afirmações positivas”, explica Amandine, ressaltando que também realizava massagens íntimas na região do períneo, trecho que fica entre a vagina e o ânus.

O grande momento

No dia em que deu à luz Ilya, seu segundo filho, Amandine conta que estava caminhando quando sentiu a primeira contração. “Eu fiquei positivamente surpresa quando senti as primeiras ondas. Elas eram prazerosas!”, afirma  a moça, ressaltando que, conforme as contrações chegavam, ela sentia necessidade de mover-se de determinadas formas. “Se eu não pudesse me mover, tenho quase certeza de que não teria sentido prazer. Apesar de os movimentos parecerem uma dança tribal sexy, eles foram importantes para meu bem-estar naquele momento”.

E, se você está se perguntando como é um parto “orgásmico” no final das contas, Amandine explica. “Eu senti como se estivesse fazendo sexo intensamente, mas sem pensamentos eróticos. É um tipo incerto de prazer, um prazer que podemos sentir quando fazemos amor”, explica. Além da preparação prévia, a mulher explica que também usou alguns artifícios durante o nascimento do filho, como trocar beijos com o marido para elevar os níveis de oxitocina, hormônio que está ligado à sensação de prazer.

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Mesmo com muitas questões físicas envolvidas, Amandine – que hoje atua como doula e preparadora para mulheres que querem uma experiência como a dela – defende que a mente é o que mais deve ser trabalhado. “A mente tem um grande papel. Você pode perceber a contração como uma agressão ou como uma amiga. Tudo o que fazemos, já imaginamos antes. Se você não consegue se imaginar aproveitando o parto, será difícil dar à luz com prazer”, conclui.

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