A discussão sobre os padrões de gênero na infância é cada vez mais forte. As famílias estão finalmente começando a entender que não existe coisa de menina ou coisa de menino , mas, sim, brincadeiras e ações que podem agradar qualquer criança.
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Foi essa ideia que inspirou a fotógrafa canadense Kirsten McGoey, mãe de três, a criar o projeto fotográfico “ A Boy Can Too ” (um menino também pode, em uma tradução livre para o português). A ideia de Kirsten é retratar que os meninos também podem se interessar por aquilo que tradicionalmente foi considerado coisa de menina , como brincar de boneca, se fantasiar de princesa ou cozinhar.
Em seu site oficial, a fotógrafa explica que a série de fotos foi inspirada em seus filhos de cinco, oito e 11 anos. Kirsten diz que ao mesmo tempo em que eles gostam de jogar futebol, também se divertem ao dançar e brincar de boneca. “Ele ama brilhos, rosa, arco-íris e nunca se preocupou se eram coisas de menino ou menina”, diz em entrevista ao HuffingtonPost sobre o filho do meio.
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Além de representar esses meninos e fazer com que eles se reconheçam nas imagens, o objetivo da fotógrafa com o ensaio é inspirar outras crianças e mostrar que elas podem brincar e ser o que quiserem.
Ela ainda comenta que enxerga o projeto como uma ferramenta educacional que ajuda a abrir a mente das pessoas e incentiva a discussão sobre os estereótipos de gênero. “Para mover as normas sociais, é preciso educar”, afirma.
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Repercussão
Kirsten tem recebido um retorno muito positivo de todos desde que o projeto foi lançado. “Estamos sendo recebidos de braços aberto. Recebi e-mails de pessoas dizendo ‘obrigada, meu filho precisava ver isso’ e também ‘obrigada por defender esses meninos especiais’”, conta.
A fotógrafa acredita na importância de repercutir o trabalho para fazer com que as pessoas entendam que a ideia de coisa de menina e coisa de menino está ultrapassada. “O melhor que se pode fazer é compartilhar o nosso projeto. Quanto mais educamos e compartilhamos esses meninos incríveis, mais podemos fazer mudanças”, finaliza.