No início da semana, o Ministério da Saúde anunciou boas notícias: pela primeira vez desde 2010, os números apontam que a ocorrência de cesárea não cresceu no país. Os dados fazem parte de um documento no qual foram divulgadas informações sobre a quantidade de cesarianas e partos normais realizados no Brasil, tanto na rede pública quanto na privada, nos anos de 2015 e 2016.
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Durante o período, foram registrados 3 milhões de partos no Brasil. Entre eles, 55,5% foram cesáreas e 44,5% partos normais. Os números se invertem na rede pública de saúde: os partos normais significam 59,8% e as cesarianas 40,5%. A cesárea , que apresentava uma curva crescente nos últimos anos, caiu 1,5 pontos em 2015.
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Motivações
A mudança da situação dos partos no país é consequência de uma série de medidas que tem como objetivo orientar profissionais da saúde a não realizar cesáreas desnecessárias. As cesáres devem ser feitas apenas em casos específicos. Quando feita de maneira incorreta, a cesariana pode acarretar riscos a saúde da mãe e do recém-nascido.
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Novas mudanças
Para manter as estatísticas, o Ministério também anunciou novas diretrizes que deverão guiar o trabalho dos profissionais na hora de realizar procedimentos de parto normal. A partir de agora, é direito de toda mulher definir seu plano de parto. Ou seja, as futuras mamães decidirão em qual local será realizado e também vão receber informações e orientações sobre o parto normal .
"A melhoria da qualidade na atenção obstétrica passa, essencialmente, pela mudança no atendimento à mulher durante o parto. A nova diretriz para o parto normal visa mudar uma cultura de cesarianas desnecessárias”, afirma o ministro da saúde, Ricardo Barros, em nota.
Além de continuar diminuindo o número de cesárea, o principal objetivo das novas medidas é empoderar a mulher durante o processo e fazer com que o parto deixe de ser tratado apenas como um conjunto de técnicas, e sim como um momento importante entre mãe e filho.