Doenças na gravidez: especialista lista as cinco mais perigosas neste período
Sinais do corpo podem indicar algumas doenças na gravidez. Especialista lista cinco que podem ser muito perigosas nesse período
Seguir o pré-natal e ter uma rotina saudável são práticas essenciais durante a gestação . Além disso, é preciso estar atenta a todos os sinais do organismo no período. Durante essa fase, todo cuidado é pouco! Febre, dor corporal, cólica e mal estar são sintomas de possíveis doenças na gravidez.
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Nessa época, o sistema imunológico da mulher sofre alterações que facilitam a proliferação de micro-organismos responsáveis por causar doenças. Confira a lista do médico obstetra e ginecologista Maurício Sobral de cinco doenças na gravidez que podem ser muito perigosas.
Vaginose Bacteriana
É um distúrbio que afeta a flora vaginal e diminui os lactobacilos responsáveis por proteger a região. Isso acarreta a produção de corrimento de cheiro muito forte, associado à ruptura da bolsa e ao trabalho de parto prematuro.
“Geralmente, a vaginose se desenvolve devido à baixa imunidade e ao estresse", explica Sobral. Segundo ele, para o diagnóstico é preciso analisar material coletado da vagina e o tratamento é feito por via oral. Por isso, Sobral reforça a importância de manter os exames ginecológicos em dia. Além disso, manter uma rotina saudável ajuda a garantir uma boa imunidade.
Hepatite B
Está associada à cirrose hepática e também ao câncer no fígado. De acordo com o especialista, para se prevenir da doença, basta estar em dia com a vacina, composta por três doses que podem ser tomadas durante a gestação. A transmissão da Hepatite B ocorre pelo contato com sangue infectado, que pode acontecer durante relações sexuais, por exemplo.
Sobral explica que o bebê corre risco de contágio no momento do parto e, por isso, deve ser vacinado ao nascer. Em relação à amamentação, a mãe não precisa se preocupar pois não existe contraindicação, segundo a Organização da Saúde.
Catapora
Caso a infecção ocorra durante a gestação, o cuidado precisa ser dobrado. Geralmente, o primeiro contato com o vírus costuma ser o mais grave. Porém, se for diagnosticada rapidamente, o tratamento não causa problemas ao desenvolvimento do bebê. É preciso ficar atenta: se o vírus passar para o feto, podem deixar sequelas no cérebro, pele e até risco de aborto.
“É essencial que toda mulher que deseja engravidar esteja em dia com as vacinas para evitar complicações futuras”, comenta o médico. A catapora é uma doença que pode ser facilmente evitada, mas se tratada com negligência pode ser muito perigosa ao bebê.
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Toxoplasmose
Os sintomais mais comuns da doença são: vômitos, gânglios pelo corpo e sinais comuns da gripe, o que dificulta o diagnóstico rápido. Uma das formas de transmissão mais comum é pelas fezes dos gatos. Cuidado com os bichinhos em casa!
Sobral recomenda que mulheres gestantes não façam a limpeza de caixinha higiênica dos animais de estimação e também evitem o contato com gatos desconhecidos. Consumir carnes cruas e verduras, legumes e frutas mal lavados também pode ser uma forma de contrair a doença.
Caso a mãe tenha toxoplasmose, o risco de transmissão para o recém-nascido é de 25%. Caso a infecção aconteça no primeiro trimestre, 15% dos casos terminam em aborto. No segundo trimestre, 25% dos bebês manifestam problemas oculares.
Rubéola
A doença pode ser contaminada por via respiratória e por meio de gotículas expelidas no ar. Recomenda-se que, antes de engravidar, a mulher faça sorologia, um exame que identifica se a pessoa está imune. Caso não estiver, deve tomar a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. “É importante lembrar que a vacina tríplice viral não deve ser tomada durante a gestação”, comenta o especialista.
O tratamento de rubéola para a mãe é simples. Basta fazer uso de analgésicos e antitérmicos. O maior problema é quando o vírus invade a placenta e infecta o bebê, já que o contágio pode causar anomalias graves, como surdez e danos na visão. Quando isso acontece, é imprescindível que se faça acompanhamento com especialista.
É preciso atenção com as doenças na gravidez. De acordo com a Sociedade Brasileiro de Pediatria, mães que contraem a rubéola durante o primeiro trimestre têm 80% de chances de contaminar o bebê.