Amamentar é um ato muito benéfico para mãe e bebê. O leite materno é o único alimento do neném nos seis primeiros meses e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, o recomendado é que a amamentação complementar aconteça até os dois anos de idade. Mas nem sempre isto é possível.
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Deborah Secco, Fernanda Gentil e Sandy já declararam sofrer com dificuldades para amamentar , e os motivos são os mais diversos. Deborah contou que suas próteses de silicone trouxeram o problema. A jornalista contou em uma foto nas redes sociais que o seu leite secou . Já a cantora Sandy, disse que seu leite demorou muito a descer.
A ginecologista e obstetra Maria Elisa Noriler informa que são dois os hormônios maternos responsáveis pela amamentação: a prolactina e a ocitocina . O primeiro estimula a produção de leite “e a ocitocina faz contrair os ductos e facilita a ejetar o leite”, explica.
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Quaisquer fatores que impeçam a produção desses hormônios, também impedem que a amamentação seja feita com facilidade, mas a médica afirma que existem versões para administração nasal ou oral deles que possibilitam a prática.
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Cirurgias
A reclamação de Deborah Secco é o silicone. Maria Elisa explica que atualmente a prótese é colocada atrás do músculo, com incisões na na axila ou na parte de baixo da mama, e portanto não traz problemas à amamentação.
Cirurgias mais antigas, feitas há cerca de dez anos, eram realizadas com incisões no mamilo, e com a prótese na frente do músculo, e isso sim pode dificultar ou até impedir que a mãe amamente, segundo a ginecologista.
A cirurgia que pode, de fato, impedir a prática é a mamoplastia redutora, conhecida como cirurgia de redução dos seios. “Com a incisão e cicatriz na aréola, a mulher pode ter dificuldade em amamentar porque há chance de ter lesão dos dutos areolares, que levam o leite”, explica Maria Elisa.
Outras condições
A ansiedade, comum a muitas mães é um fator que pode deixar a amamentação mais difícil, ela pode atrapalhar a produção dos hormônios e, consequentemente, do leite materno.
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Outro fator muito corriqueiro que deixa o processo mais complicado é o cansaço. As mães, principalmente nos primeiros dias e meses do bebê dormem muito pouco, e Maria Elisa é categórica: “Descansar é fundamental para produzir leite”. Quando pequeno, o neném chega a dormir até 18 horas por dia, mas troca o dia pela noite, então a solução da ginecologista e obstetra é tentar dormir quando o bebê dorme também.
Uma condição muito séria é a depressão pós-parto que pode impossibilitar que mãe amamente sua criança. “Nesse caso, o vínculo afetivo é cortado e a mãe não tem vontade de ficar com o bebê”, conta Maria Elisa. O laço afetivo entre mãe e bebê é muito importante, ele auxilia na produção de prolactina.
“O bebê não pega o peito ”, é uma reclamação muito comum das mães. A ginecologista afirma que nesses casos, a mãe deve ser orientada. Maria Elisa conta que é frequente o leite não descer nos primeiros dias: “É muito comum que descida do leite aconteça apenas no terceiro dia”. E uma crença errada é de que se o bebê pegar apenas o mamilo, o leite desce: a aréola também deve estar na boca do neném, de acordo com a ginecologista.
Contra indicação
Algumas doenças podem até não interferir na produção ou descida do leite, mas se mãe ou bebê portarem-nas, a amamentação é contra indicada.
“Mulheres HIV positivo não podem amamentar”, conta Maria Elisa, por conta do risco de contágio.
Mães que têm câncer e estão fazendo tratamentos quimioterápicos também precisam consultar o médico sobre a permissão de amamentar, pois alguns destes tratamentos contrainidicam a prática.
Mulheres com herpes zoster ativa – que se trata da reativação do vírus da catapora, causando erupções dolorosas na pele – também não deve dar o seio ao filho.
Uma doença do bebê, que é identificada no teste do pezinho e impossibilita a mãe de amamentar é a galactosemia. “O bebê tem deficiência na proteína que converte galactose em glicose, e pode acumular a substância”, conta a ginecologista.