Ana Carolina Silva, conhecida nas redes sociais como “Tal da Loira”,
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Ana Carolina Silva, conhecida nas redes sociais como “Tal da Loira”,

Uma estimativa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) feita em 2021 mostrou que as mulheres representavam 0,5% dos caminhoneiros no Brasil. A profissão exige que as motoristas provem diariamente que são capazes de dirigir caminhões e enfrentar longos dias nas estradas no Brasil. Além disso, elas precisam lidar com outros obstáculos, como o preconceito por serem mulheres e estarem no comando do volante.

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Ana Carolina Silva, conhecida nas redes sociais como “Tal da Loira” (@taldaloiraoficial_), compartilha com seus mais de um milhão de seguidores a rotina nas estradas. Ela que, inicialmente, se arriscaria na carreira do Direito, mudou de ideia ao conhecer seu namorado. Ana passou a ver de perto a rotina de um motorista de caminhão e se apaixonou pelas viagens.

“Eu comecei viajar com ele e gostei muito da profissão. Foi então que me interessei pelo caminhão. Aprendi a dirigir, tirei minha CNH e hoje viajo para todas as partes do Brasil. Saio de casa no domingo e volto na sexta-feira. Tiro o sábado de folga e me preparo para seguir o próximo destino no dia seguinte”, conta.

A motorista pontua não ser fácil lidar com o preconceito. Ela comenta sofrer muitas críticas e passa por situações constrangedoras, como as cantas. Às vezes, fica na estada quando o caminhão quebra em lugares desconhecidos. A caminhoneira relata ainda que questionam o fato de uma mulher ser responsável por levar as cargas. Mas, Ana cita uma pesquisa feita pelo Instituto Renault, que coloca os homens como causadores de 70% das infrações de trânsito.

“Existem muitas piadas sobre sermos motoristas, como ‘mulher no volante, perigo constante’. Mas, a pesquisa mostra que 65% dos homens ultrapassam o sinal vermelho, enquanto entre as mulheres a porcentagem é de 15%. Então, diariamente nós estamos provando que esses comentários não estão certos”, frisa.

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“Eu acredito que teremos um longo caminho pela frente ainda, mas logo o número de mulheres no volante e nas estradas vai aumentar. A carga mais pesada que levamos é preconceito. Hoje, diferente de tempos atrás, nós mulheres estamos à frente de muitas profissões. Apesar dos desafios, sigo firme, tenho meus caminhões, e vou provando que o caminho que faço é de crescimento”, conclui.

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