Você sabe a diferença entra HIV e Aids?
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Você sabe a diferença entra HIV e Aids?

É muito comum ocorrer confusão ao tentar entender o que é o HIV, e o que é a AIDS, por serem ligadas em certo ponto. A partir dos anos 80 houve o surgimento de casos entre a comunidade LGBT, o que causou uma onda de preconceito contra o grupo, e a comunidade científica avançou para que o estigma fosse diminuído na sociedade. Entenda o que são os dois e a oportunidade da terapia gênica como uma possível cura.

O QUE É O HIV?

O HIV é um vírus que atinge as células e se multiplica dentro do corpo, no período entre duas e seis semanas, com principal alvo no sistema imunológico. Após este período ele adormece, mas continua atingindo as células imunológicas sem causar sintomas - o processo pode durar até 10 anos. Quando ele volta a ser ativo, os danos ao sistema imunológico são quase irreversíveis. De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde, o vírus HIV é transmitido por meio de relações sexuais (vaginal, anal ou oral) desprotegidas (sem camisinha) com pessoa soropositiva, ou seja, que já tem o vírus HIV; pelo compartilhamento de objetos perfuro cortantes contaminados, como agulhas, alicates, entre outros; de mãe soropositiva, sem tratamento, para o filho durante a gestação, parto ou amamentação. No Brasil, em 2021, como noticiou a Agência de Notícias da AIDS , existiam cerca de 960 mil pessoas vivendo com o vírus no país. 


O QUE É A AIDS?

A AIDS é uma condição que pode - ou não - desenvolver-se a partir do estágio 3 da contaminação pelo vírus do HIV. Ela acontece quando o nível de células T do sistema imunológico no corpo fica baixo, e faz com que a pessoa fique suscetível à qualquer infecção que nesta condição, podem ser gravíssimas para os soropositivos. 


TERAPIAS GENÉTICAS 

Como publicado no site Reuters , uma paciente norte-americana com leucemia se tornou a primeira mulher e a terceira pessoa a ser curada do HIV após receber um transplante de células-tronco de um doador que era naturalmente resistente ao vírus que causa a AIDS.

Segundo o médico geneticista, atuante em Neurogenética e Neuroimunologia, Alexandre Lucidi (@alucidi), as pesquisas sobre terapia gênica relacionada a células hematopoiéticas vem crescendo exponencialmente.

Sucessos clínicos destacaram o potencial do tratamento em algumas doenças, e a medida que os desafios técnicos para o desenvolvimento de terapias eficazes são resolvidos, novos desafios para a implementação da próxima geração de tratamentos se apresentam.

O paradigma atual da terapia gênica de células autóloga ex vivo é tão desafiador tecnicamente quanto a sua implementação, tornando a terapia extremamente cara. Isso é exemplificado pelo tratamento para β-talassemia que, apesar de obter aprovação clínica, foi retirada dos mercados europeus devido ao seu custo de US$ 1,8 milhão por paciente.

Para algumas doenças, o alto custo de um tratamento pode, em última análise, ser menor do que os custos totais do uso crônico de tratamentos convencionais ao longo da vida. “Infelizmente, para algumas das principais doenças das quais estas terapias ainda estão em desenvolvimento, como a anemia falciforme e o HIV-1, a maioria dos pacientes vive em países de baixa renda e provavelmente não haverá acesso, a menos que questões econômicas relativas às suas implementações sejam resolvidas”, finaliza o geneticista.


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