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A influenciadora digital Monique Elias fala sobre saúde mental

Desde de setembro de 2015 o mês se tornou amarelo e é, oficialmente, realizada a campanha de valorização à vida e prevenção ao suicídio no Brasil. A pauta vem ganhando cada vez mais espaço na mídia pois se fala cada vez mais do assunto. Diversas celebridades e influenciadores abordam o assunto de saúde mental com seu público, desmistificando o que por muito tempo era tido como tabu.

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Para a empresária e influenciadora digital Monique Elias, o cuidado com o outro é essencial, e isso se obtém abordando também assuntos mais delicados como esse. “É importante que pessoas com influência e que têm seu público falem sobre isso pois chegamos a todo tipo de pessoa, inclusive pessoas que precisam ouvir uma palavra de afago em momentos difíceis”, comenta.

Monique diz receber inúmeros relatos de pessoas que foram atingidas por uma de suas falas e tem noção de que boa parte de seu público não tem condições de fazer uma terapia, por exemplo. Ainda destaca: “Temos o CVV (Centro de Valorização à Vida) e sempre divulgo para meus seguidores que é possível conversar através do número 188, de forma totalmente gratuita”. A empresária afirma, no entanto, que alguns de seus seguidores encontram dificuldade ao utilizar a plataforma, porém tenta transmitir seus conhecimentos obtidos em suas sessões de terapia e estudo.

Em junho deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou a sua maior revisão mundial acerca da saúde mental em todo o mundo desde a virada do século. O relatório é um norte para poder instruir governos, acadêmicos, profissionais da saúde etc a melhor lidar com a saúde mental da população, garantindo o compromisso e a ação para mudar atitudes, ações e abordagens à saúde mental, suas causas e cuidados. De acordo com o CVV, cerca de 1 milhão de pessoas são ouvidas pela equipe do centro por ano.

Elias, de forma sensível e honesta, se abre e comenta sobre a sua saúde mental, ressaltando a importância de relatos de pessoas públicas. “Eu vivi com muita rejeição e essa questão é um fantasma para mim. Acabo rejeitando as pessoas… Minha terapeuta diz que o medo da rejeição é algo que me acompanha”, assume. A empresária relata que é um processo de aprendizagem entender que está tudo bem em não estar tudo bem, porém saber que isso não é para sempre é primordial.

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Além de procurar por ajuda médica, momentos de autocuidado são essenciais para a manutenção de uma saúde mental. Meditação, banhos longos, hidratação ao lavar os cabelos são alguns dos exemplos de autocuidado realizados por Monique. “Esses rituais me dão a sensação de ser útil para mim, de agregar valor à pessoa que sou. Me sinto crescendo e isso me dá um up e força para enfrentar próximas batalhas”, relata.

Autocuidado é tema também da campanha deste ano da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), que lança pelo segundo ano consecutivo a campanha “Bem Me Quer, Bem Me Quero: Cuidar da sua saúde mental é um exercício diário”, que tem como objetivo conscientizar a população sobre as doenças da mente.

Monique, por fim, dá um recado para aqueles que estão passando por um momento ruim e precisam ouvir uma palavra amiga: “Precisamos entender que somos a pessoa mais importante de nossas vidas, e devemos nos escolher todos os dias! Momentos de tristeza vão e vêm, precisamos respeitar esse processo, falar sobre ele, doer o que tem para doer para que pare de doer. A força que carregamos dentro de nós está em sabermos que somos frágeis e que precisamos sim de ajuda”.

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