Tereza de Benguela viveu no século 18
Não se sabe o local de origem de Tereza. Ela pode ter nascido no Brasil, mas indícios apontam que há a possibilidade de ela ser originária de algum país da África.
Desde 2014, o dia 25 de julho presta homenagem à Tereza de Benguela, que lutou pela comunidade negra e indígena brasileira no período colonial. Data também marca o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha
Não se sabe o local de origem de Tereza. Ela pode ter nascido no Brasil, mas indícios apontam que há a possibilidade de ela ser originária de algum país da África.
Tereza era do Quilombo do Quariterê, mais conhecido como Quilombo do Piolho. Atualmente, corresponde à região de Vila Bela da Guaporé. A população do quilombo tinha em torno de 200 pessoas negras e indígenas que fugiram da situação de escravização das fazendas. O quilombo foi atacado em 1770 pelas tropas de Luís Pinto de Sousa Coutinho, que governava a capitania de Mato Grosso na época.
Além de ser engajada fortemente nas ações do quilombo, Tereza era casada com José Piolho, chefe do Quilombo do Piolho (por isso o nome) assassinado por agentes do Estado. Com a morte dele, Tereza assumiu o posto e passou a liderar toda estrutura do quilombo, desde administração até o cultivo.
Além de ser figura central no quilombo, a importância de Tereza está na maneira como atuou na resistência à escravidão. Ela foi escravizada, mas fugiu, o que fez com que ela organizasse fugas para outras pessoas negras e indígenas escravizadas. O abrigo era dado no Quilombo Quariterê.
Por ser uma forte influência para a população negra e indígena, a líder passou a ser chamada de Rainha Tereza – ou ainda Rainha Tereza de Pantanal, já que ela navegava pelos rios da região de barco.
Estima-se que ela morreu em 1770, mesmo ano em que o Quilombo do Piolho deixou de existir. Também não se sabe como. Especula-se que ela tirou a própria vida após ser capturada por bandeirantes. Outra versão (e a mais difundida) é de que Tereza foi morta e que sua cabeça foi exposta em um poste alto como lição; pelo contrário, a figura de Tereza de Benguela ficou ainda mais forte como símbolo de resistência.
Na verdade, não. A data se tornou um símbolo devido a um encontro de mulheres negras de 70 países que aconteceu em Santo Domingo, na República Dominicana, em 1992 para denunciar as desigualdades às quais as mulheres negras latino-americanas e caribenhas enfrentam nas regiões onde vivem.
O encontro em Santo Domingo deu origem à Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas, que, ao lado da ONU, reivindicou que o dia fosse reconhecido mundialmente para reforçar a luta das mulheres negras nos territórios da América Latina e do Caribe.
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