Agência O Globo
"Doca" Street no primeiro julgamento do assassinato de Ângela Diniz

A socialite Ângela Diniz foi assassinada pelo namorado Doca Street, em 30 de dezembro de 1976, com quatro tiros. Em 1979, a tese da legítima defesa da honra foi aceita pela Justiça, que concedeu uma punição simbólica de dois anos com dispensa de cumprimento da pena. Doca Street morreu no ano passado , pouco tempo depois do lançamento do podcast Praia dos Ossos, que reconta a história em uma série documental de áudio

Devido à forte pressão dos movimentos feministas da época, o primeiro veredito do julgamento do assassino confesso de Ângela Diniz foi anulado a pedido do Ministério Público. Em 1981, um novo júri condenou Doca Street a 15 anos - dos quais Doca Street cumpriu três em regime fechado; dois no semiaberto e, nos outros, conseguiu liberdade condicional. Agora o caso será recontado em um espetáculo de teatro on-line, promovido pela Faculdade de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV Direito Rio).

O espetáculo "Reescrevendo a história de um julgamento: o caso Doca Street e Ângela Diniz" será transmitido gratuitamente no dia 26/11 a partir das 18h, ao vivo, pelo Zoom. Para assistir é necessário se cadastrar até o dia do evento .

A peça é o produto final do Project Field "O Direito como Performance: Teatro do Oprimido e Novas Técnicas do Direito" supervisionado pela atriz Carolina Coimbra e pela pesquisadora supervisora do Field, Gabriela Caruso, proposto pelo Programa Diversidade e Inclusão da FGV Direito Rio.


"O Direito não existe de maneira independente da cultura. Pelo contrário, o Direito e sua aplicação estão embrenhados aos valores sociais. Para mim esse espetáculo teatral traz essa discussão de maneira simbólica, mas também explícita e concreta. Eu fico muito contente quando conseguimos trabalhar temas tão importantes por meio do teatro", destacou a professora Lígia Fabris.

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