Ao longo da história, mulheres negras eram utilizadas como cobaias

Conheça a história do médico que se baseava no racismo científico para fazer experimentos sem anestesia em mulheres negras

Foto: Reprodução
James Marion Sims foi um médico que utilizava mulheres negras escravizadas para seus experimentos



Xuxa Meneghel sugeriu, na noite de sexta-feira (26), que presidiários -- em sua maioria negros -- sirvam de cobaia para testes de remédios, cosméticos e vacinas. Em pleno 2021, muitas pessoas ainda pensam como ela. No entanto, essa visão era popular há três séculos atrás e era usada para sustentar experimentos científicos em mulheres negras, sem anestesia ou segurança de que sairiam vivas.

No século XIX, o racismo científico sustentava o argumento que as mulheres negras não experimentavam a dor da mesma maneira que outras pessoas. Desta maneira, eram utilizadas para experiências dolorosas. 


Um dos casos conhecidos daquela época foi o da Anarcha Westcott que vivia em Alabama, nos Estados Unidos. Mulher negra escravizada, ela tinha raquitismo, doença causada por falta de vitamina D ou desnutrição. Por conta de sua condição, tinha dificuldade em dar à luz. O médico James Marion Sims realizou com ela 30 experimentos sem anestesia.

James Marion Sims, conhecido cmo "pai da moderna ginecologia", fez de cobaias outras tantas mulheres negras. Seus estudos geraram procedimentos de sucesso que foram usados em mulheres brancas. Desta vez, com anestesia e segurança.