A repórter Ellen Ferreira foi demitida na última quinta-feira (23) da TV Rede Amazônica, afiliada da rede Globo de Roraima. Sob a alegação de reestrutarações na empresa, a direção da TV avisou a funcionária que ela seria desligada.
Contudo, em uma entrevista ao UOL, Ellen Ferreira disse que não bem esse o motivo de sua demissão. A jornalista acredita que foi desligada da TV Rede Amazônica após denunciar os assédios que sofria de seu ex-chefe, o editor Edison Castro.
“Óbvio que o que aconteceu foi uma perseguição. Eu estava havia uns três meses, junto com outros funcionários, levando para o Sindicato dos Jornalistas do estado e para o Ministério Público do Trabalho situações graves de assédio sexual e moral que enfrentamos lá dentro. Situações vexatórias, de racismo, homofobia, gordofobia. Ele é um psicopata”, conta em entrevista.
Ellen já chegou a apresentar o Jornal Nacional em 2019, em comemoração aos 50 anos do telejornal e conta que o comportamento abusivo de Edison não era novidade alguma para os funcionários da TV.
“Teve uma apresentadora em Tocantins que tentou se matar pelo assédio que sofreu. Ele obrigava uma outra funcionária a tomar remédios tarja preta, porque ela era gorda. Ele não era profissional. Tinha gente que queria bater nele na rua! Resolvemos ir atrás dos nossos direitos”.
Após o relato de Ellen, mais três jornalistas se pronunciaram para a coluna do jornalista Leo Dias, dizendo que passaram por situações de assédio parecidas feitas pelo editor Edison Castro.
Você viu?
Edison deu uma entrevista ao UOL, dizendo que todas as acusações são falsas, dizendo que o que Ellen tentou fazer foi uma “campanha difamatória” contra ele.
Resposta de Ellen
A jornalista usou a sua conta no Facebook para responder o ex-editor que dizia que ela estava o difamando. Dizendo que todos sabiam do comportamento dele e que isso a deixou doente.
Confira a resposta na integra:
Eu gostaria de encerrar todo esse caso com essa matéria .
Vejam que ele diz que sou arrogante e que pelo JN mudei minha postura. Eu nunca mudei. Eu sempre fui simples e longe de ego e vaidades.
Sempre reforcei que fui lá, mas na emissora tem pessoas que teriam competência de sobra pra apresentar. Sempre incentivei pessoas porque eu vim e sou de família muito humilde. E não tenho vergonha disso.
Ele me adoeceu. Tudo isso, o sindicato dos jornalistas e Ministério público do trabalho já tem ciência e há provas e testemunhas.
Tenho mais relatos de outros estados onde ele passou. Muito triste o que esse homem fez na minha vida . Mas eu vou vencer.
Deus na frente. Sempre. Sempre.