A irlandesa Tia Duffy, de 30 anos, trabalha como modelo plus size no Canadá e foi convidada para participar do projeto fotográfico "Skin Works", cujo objetivo é mostrar a imagem de 60 mulheres sem retoques . Foi com isso que ela decidiu que era hora de mostrar uma parte de si que a deixou envergonhada por muitos anos: as cicatrizes de acne que tem nas costas.
Tia publicou a imagem das costas nuas e com as cicatrizes de acne à mostra em seu perfil no Instagram e conta que sofre com as espinhas desde que tinha 12 anos de idade. "Eu cobri as minhas costas a vida inteira", escreveu na legenda.
"Eu nunca usei tops que mostrassem as minhas costas e mesmo trabalhando como modelo eu cobria essa parte do meu corpo com maquiagem nos ensaios de foto. Fiquei tão obcecada por isso que estava cansada... Isso me controlava e me fazia ficar insegura comigo mesma. Sempre quis mostrar essa parte de mim, mas nunca soube como."
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No relato, ela também conta que foi inspirada a participar do projeto fotográfico e publicar a foto depois que sua amiga, Heather, faleceu por causa de um câncer de pele . "Ela sempre quis que as pessoas dessem mais atenção para isso através de um projeto. Agora, eu vejo mais do que nunca como precisamos dar valor aos nossos corpos."
"Eu escondo essas cicatrizes mas minha pele é saudável e eu sou saudável! A partir de hoje, não vou mais escondê-las, mas aceitá-las. É muito importante que as pessoas se mantenham cruas e honestas sobre si mesmas em plataformas como o Instagram e eu espero que isso inspire outras mulheres e homens a amarem todas as partes de seus corpos", disse.
Cicatrizes de acne foram o ponto de partida para aceitação
Em entrevista ao portal britânico Daily Mail , Tia conta que essa foi a primeira vez que mostrou as costas em mais de dez anos trabalhando como modelo. "Eu sempre senti muita vergonha por causa das cicatrizes e passei anos cobrindo as marcas . Sabia que iria mostrá-las ao mundo algum dia, mas não tinha certeza de quando seria isso."
Então ela conheceu Heather e outras pessoas que lutaram contra o câncer de pele. "Foi quando percebi que a minha pele é saudável e eu preciso aceitar minhas cicatrizes de acne e ajudar outras pessoas a fazer o mesmo", afirma. Desde então, ela participa de campanhas que visam a diversidade e pretende continuar mostrando "o lado real" das pessoas.