Infelizmente, a crença de que pessoas gordas não costumam praticar exercícios físicos é comum. Entretanto, a modelo plus size Jessica Vander Leahy, de Sydney, Austrália, trabalha para mostrar que essa ideia é irreal, pois estar fora do "padrão de magreza" não significa, necessariamente, não seguir uma rotina de vida saudável ou não se exercitar regularmente. 

Leia também: Jovem exibe estrias e celulite para mostrar que 'corpos perfeitos' não existem

Jessica Vander Leahy é modelo plus size e afirma que, diferente das crenças, aparência não está ligada à vida saudável
Reprodução/Instagram/jessicavanderleahy
Jessica Vander Leahy é modelo plus size e afirma que, diferente das crenças, aparência não está ligada à vida saudável



Em entrevista ao portal "Pedestrian TV", a modelo plus size diz acreditar que movimentos de diversidadade e positividade corporal está ajudando à "desconstuir" alguns padrões estéticos. "Acho que a ideia de magreza que era popular nos anos 90 já terminou. Conheço pessoas que são naturalmente magras e é importante mostrar que existem corpos diferentes, mas todos podemos concordar que por um bom tempo as pessoas eram praticamente forçadas a passar fome por um ideal de beleza que não era natural para elas." 

Hoje em dia, ela enxerga o padrão como "uma estética de corpo torneado e forte", que dá a aparência de saudável e realista, diferente do que era valorizado anteriormente. "Acredito que saudável é sexy, mas é importante lembrar que cada pessoa parece saudável do seu próprio jeito e ninguém precisa ter um tanquinho visível para parecer que você está vivendo a fase mais saudável da sua vida."

Jessica, por exemplo, costuma praticar atividades físicas todos os dias. "Eu era uma criança muito agitada e descobri cedo que eu fico mais feliz se estou gastando a energia acumulada dentro de mim. Pra mim, eu sindo como se os exercícios me acalmassem." 

Porém, como tudo na vida, ela acredita que é precido equilíbio. "Eu não costumo 'pirar', a maior parte dos dias faço caminhada e vou na academia de quatro a cinco vezes na semana. Quero ser mais gentil comigo mesma também porque eu quero que meu corpo funcione por mais de cem anos de idade."

"Sinto que se você tem uma boa rotina que te faz cuidar bem de si mesma, então precisa enfrentar esse momento de dúvidas com os seus hábitos 'fitness' e, eventualmente, vai saber que está fazendo o melhor para ganhar esse equilíbrio. Isso é tudo o que você pode controlar." 

A modelo explica que, conforme você vai criando um hábito de aceitar e apreciar a si mesmo, os momentos de insegurança e negatividade ficam menos intenso. "Fica mais fácil mudar o discurso para 'eu posso estar me sentindo mal hoje, mas vale a pena me amar e cuidar de mim mesma.'"

Leia também: “Abdômen definido não é a ‘chave’ para a felicidade”, afirma personal trainer

A modelo plus size e o amor próprio


Apesar de se dar bem com o próprio corpo e compartilhar imagens do dia-a-dia com os 54,2 mil seguidores no Instagram, Jessica afirma que nem todos os dias se sente como a Mulher Maravilha. "As redes sociais são uma ótima maneira de se conectar com as pessoas e costumo receber perguntas — principalmente de mulheres —sobre como eu me amo todos os dias. Mas a verdade é que nem sempre isso acontece." 

Leia também: Com foto contraindo o bumbum, blogueira quer desconstruir padrões estéticos

"Todos nós temos momentos de dúvidas e inseguranças, e as pessoas precisam saber que isso faz parte da vida. É humano ter dias ruins e, para as mulheres, isso muitas vezes é manifestado em ataques físicos à nós mesmas. O ponto é saber que isso vai passar", finaliza a modelo plus size .

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!