Jessa O'Brien ficou bastante conhecida na internet depois de falar sobre os benefícios de fazer ioga nua . A jovem australiana criou um blog, o "The Nude Blogger" e, também, soma quase 75 mil seguidores no Instagram falando sobre nudismo, tabus e publicando mensagens positivas e de aceitação ao corpo.
Recentemente, a blogueira escreveu um texto falando sobre "body-shaming", que significa sofrer críticas de outras pessoas por causa da aparência do corpo . Na publicação, ela escreveu que acredita que esse tipo de criticismo sobre a forma alheia acontece em um nível "consciente e inconsciente" e é expresso em várias formas. "Pode ser uma crítica direta (a forma mais consciente/intencional), ou uma forma mais sutil, e menos consciente, de causar culpa."
Jessa também conta que recebe comentários negativos do tipo "Claro que ela está confortável nua, ela está magrinha", "Espere até ter cinco filhos e ela não vai dizer tudo isso" ou "Coma mais" e que, na realidade, o julgamento é uma via de mão dupla. Por isso, tanto pessoas magras, quanto gordas podem sofrer com body-shaming. Segundo a australiana, ela acabou desenvolvendo o que chama de "complexo da garota magra".
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Body-shaming x gordofobia
A blogueira afirma que as pessoas acham que é certo fazer comentários negativos sobre pessoas magras por causa da mídia, da indústria da moda e da indústria pornográfica que rotula as pessoas magras como "desejáveis". Jessa diz que isso faz com que ela receba muitas críticas quando tenta falar sobre positividade corporal.
"Por que é certo e mais tolerável para as pessoas gordas conversarem tão abertamente sobre a positividade corporal e ter seus feitos comemorados, enquanto que, por outro lado, as pessoas magras são algumas vezes rejeitadas e sua mensagem é muitas vezes perdida na tradução?"
Entretanto, é preciso lembrar que as pessoas com excesso de peso enfrentam discriminação de uma forma diferente do que as críticas recebidas por Jesse. Enquanto a jovem recebe comentários negativos na internet — algo que pode acontecer com qualquer mulher —, pessoas com excesso de peso sofrem quando não encontram cadeiras de tamanho maior para sentar, cintos de segurança que possam ser afivelados sem extensor e até mesmo roupas em um tamanho que fiquem confortáveis.
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Ainda assim, Jessa afirma que mensagem que quer passar falando sobre o tema não é ampliar a divisão ou intensificar os padrões impostos. "Trata-se de reconhecê-los e corrigi-los, mas isso começa em um nível individual. É um processo de auto-indagação. Começa com a compreensão de seu próprio relacionamento com seu próprio corpo."