Com pouco menos de dois anos de existência, o canal de vídeos "Jout Jout, Prazer", comandado por Julia Tolezano ou Jout Jout , como ficou conhecida, já contabiliza mais de 724 mil inscritos.
Todo esse sucesso pode ser explicado pela forma como Jout Jout aborda assuntos diversos: sempre muito espontânea e alegre, de forma a engajar pessoas. Mesmo com muito bom humor, assuntos mais sérios como relacionamento abusivo e assédio (dois dos vídeos mais assistidos do canal) são abordados, tocam as pessoas e as fazem repensar atitudes.
Por essas e outras, a brasileira acaba de se tornar embaixadora do Youtube ao lado de outras influenciadoras da internet e tem como objetivo apoiar e empoderar mulheres na web. O projeto reúne dez vídeos publicados na plataforma neste mês de março. "Os vídeos foram conversas com outras mulheres com pensamentos diferentes do meu. Todos eles já estão gravados e vão ser publicados nos canais delas", explica Jout Jout ao Delas .
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Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, ela também fala sobre a responsabilidade que carrega e admite: "Não queria levantar bandeira, não entendia o que era ser feminista". Acompanhe a seguir:
Delas: Por que acha que foi escolhida para representar o Brasil nesse projeto?
Jout Jout: “Acho que fui chamada por causa de todo o conteúdo que eu já coloquei na internet. Falo sobre as coisas que acredito e isso esbarra no feminismo".
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Delas: Como foi receber o convite?
Jout Jout: "Foi bem maravilhoso. No início, fiquei pensando ‘que alegria, que bom que é estar representando, afinal de contas, sei como é ser uma mulher no YouTube'. No final, foi tudo um aprendizado, viajei com mulheres bem diferentes de mim e descobri que, na verdade, sabia muito pouco do que é ser mulher no YouTube. Eu não tive grandes dificuldades e imaginava que era fácil, mas vi uma galera que cortou um dobrado por ser mulher”.
Muitas pessoas já se afastam quando ouvem o termo feminismo e eu nunca falei exatamente o que é ser feminista, falo do que eu acredito e essas coisas esbarram no feminismo"
Delas: Qual a responsabilidade de ser embaixadora?
Jout Jout: “Ser embaixadora para mim não é nada muito diferente da responsabilidade que eu sempre tive sendo influenciadora na internet. É sempre uma grande responsabilidade, você tem que pensar muito em tudo que vai falar”.
Delas: Antes, você não queria se considerar feminista, como isso mudou?
Jout Jout:
“Eu não queria levantar a bandeira de feminista porque eu não entendia o que era ser feminista, mas tudo que eu dizia batia com feminismo. Fui lendo, me informando e percebi que eu era feminista”.
Delas: O seu humor ao falar de assuntos tabus atinge mais pessoas?
Jout Jout: “Acho que não é falar com humor, eu falo sobre tudo com uma leveza que assusta. Muitas pessoas já se afastam quando ouvem o termo feminismo e eu nunca falei exatamente o que é ser feminista, falo do que eu acredito e essas coisas esbarram no feminismo. Então, muitas mulheres começaram a se sentir empoderadas, rever conceitos e foram descobrindo coisas novas”.
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