Você sente atração por criaturas como vampiros, deuses ou seres mitológicos em geral? Heitor Werneck, colunista do iG Delas, explica de onde esse fetiche vem e dá dicas de como colocá-lo em prática

Se você nunca ouviu falar em espectrofilia, não se preocupe. O fetiche sexual por fantasmas, espíritos ou deuses é realmente pouco conhecido. Mas mexe – e muito – com a imaginação das pessoas. Talvez a  espectrofilia  esteja na raiz, por exemplo, dos sonhos eróticos das bruxas que imaginavam fazer orgias com o Deus Cornífero – deus pagão associado à fertilidade – e mais tarde vinculado pelo Cristianismo à figura maligna do Diabo.

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A espectrofilia, fetiche sexual por criaturas míticas, pode ser o que gera tanto fascínio por séries como
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A espectrofilia, fetiche sexual por criaturas míticas, pode ser o que gera tanto fascínio por séries como "True Blood"

É possível que ele esteja relacionado ao  fetiche sexual  que figuras míticas como vampiros, anjos caídos e outras criaturas despertam em milhões de pessoas, afinal, é ou não é verdade que muita gente fica hipnotizada por tramas como a da série ”True Blood” e da saga “Crepúsculo”? O “Drácula de Bram Stoker” inspira ou não um desejo insano?

Anne Rice, aquela escritora que fez o maior sucesso escrevendo sobre vampiros, possui uma obra, bem menos conhecida – mas, na minha opinião, muito melhor – que se chama “A Hora das Bruxas”. Nela, é mostrada a saga de uma família de bruxas poderosas, as Mayfair, que começam a invocar o espírito Lasher na Escócia de 400 anos atrás e chegam aos dias de hoje com toda uma história de poder, fortuna inexplicável, paixões proibidas, gente enlouquecendo e muito, muito sexo com o espírito (que praticamente possui a família inteira!).

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Na prática, como funciona?

Apesar de parecer bastante fantasioso, é possível curtir o fetiche da espectrofilia sem pirar: basta colocá-lo em seu devido lugar, isto é, no campo da fantasia. Muitas vezes, o Projeto Luxúria (festa anual que busca explorar fetiches) traz essa temática. No meu aniversário, em janeiro, o tema sempre é vampiro. Poder mental, charme, atemporalidade, energia sexual intensa – tudo, tudo mesmo, está presente nesse mito. Impossível não curtir, não se deixar seduzir!

Convido você a experimentar, por um dia, pelo menos, travestir-se de alguma figura mística/mítica que mexa muito com a sua imaginação. Oor duas ou três horas, permita-se ser um anjo, uma vestal, uma sacerdotisa, um vampiro, um demônio, uma diabinha... Exercite o seu lado divino, infernal, de fada ou de duende. Não importa. Às vezes, é gostoso fazer de conta que largamos para trás esse mundo comum, tão cheio de gente torpe e sem caráter.

É bom, às vezes, fingir-se de santa ou de capeta; de deusa ou de vampiro. Ser, sentir, transmutar-se, mesmo que por um dia ou algumas horas. Acenda incensos pelo quarto, espalhe flores no salão, vista uma fantasia de cetim, renda, couro – o que o seu desejo mandar. Perfume-se misticamente. Dizem que sândalo e aneróli são afrodisíacos, por que não experimentar? Curta, viaje, leve quem está a seu lado para uma outra dimensão com esse fetiche sexual. A ordem é apenas sentir... Louca e intensamente, apenas sentir. Quer saber mais sobre fetiches ? Acompanhe a coluna do Heitor Werneck  no iG Delas!



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