Desde cedo somos condicionados a amar o outro, respeitar o outro, agradar o outro... Por mais que se tenha boa vontade neste feito, ele sempre termina em fracasso! Como podemos oferecer o que não temos?! Quando essa consciência se abre, se inicia um trabalho interno.
Ao mergulhar fundo dentro de si, é comum nos depararmos com os buracos que fizeram aceitar o inaceitável, a fim de serem preenchidos. Esses abismos emocionais dão carta branca para relacionamentos abusivos , para autonegação da própria natureza... faz de tudo para se moldar para agradar o outro, até se perder completamente.
Quanto mais tentamos preencher com o outro esses buracos, mais fundo eles se tornam... É como ter sede e o outro beber água por você! Beba a própria água... só você sabe o tamanho da sua sede. Quando conseguir fazer isso por si só, conseguirá enxergar pela primeira vez que só fizeram com você o que permitiu.
Afinal, para receber uma gota de água, você aceitou tudo pra sobreviver... Mas a fonte é abundante e acessível... E essa independência é a chave para toda a cura... A partir daí, você estará com as pessoas por gosto, porque te faz bem... e não porque precisa delas. Terá uma sensação de plenitude, sendo quem você é, porque não tem mais medo de morrer de sede, já sabe beber água sozinho.
Ficará ao seu lado quem quiser e por quanto tempo quiser... Nessa liberdade genuína, os laços reais se formam... Acaba ciúmes, o medo de perder, a insegurança, a paranoia! Fica só o que é verdade e por vontade... E quando tiver sede, saberá que basta dar um passo para dentro e buscar na única fonte que pode te suprir de verdade.
Bora deixar de ser preguiçoso?! Levanta desse "sofá" e vá tomar água.
#PapoDeCareca