Há algum tempo, tem crescido o interesse pelo uso de cores na decoração . Essa tendência, assim como os demais ambientes da casa, chegou às cozinhas. Populares entre as décadas de 1940 a 1980, as cozinhas coloridas perderam espaço entre 1990 a meados dos anos 2000, quando os projetos passaram a evidenciar uma paleta mais clara, com ênfase nos ‘beginhos’ e nuances de cinza. Mas para a alegria daqueles que desejam ousar, as cozinhas coloridas voltaram, agora com um ar mais contemporâneo e sofisticado.
Para a arquiteta Karina Alonso, as cozinhas coloridas vêm ganhando cada vez mais espaço, com cores incorporadas principalmente na marcenaria. Contudo, antes de colorir o projeto, ela recomenda escolher a tonalidade certa e mesclar com sabedoria e equilíbrio para que o ambiente possa transmitir as sensações almejadas.
“Na teoria das cores, sempre há uma que se corresponde com outra. Por isso, o auxílio de um profissional de arquitetura ou designer de interiores é fundamental para entender o desejo do cliente e saber realizar as combinações e a dosagem”, explica.
Segundo a especialista, a psicologia das cores mostra como o nosso cérebro promove a identificação de cada cor. Assim, não levar essa questão em análise pode resultar em um efeito adverso ao esperado. Ela acrescenta que na seleção da paleta de cores não há regras, como se estivéssemos seguindo uma receita de bolo, mas devemos pensar de maneira coerente. A dica para não errar na combinação é podemos pensar nos tons complementares, que ocupam os lados opostos no círculo cromático, como vermelho e verde, laranja e azul, amarelo e roxo.
Outra possibilidade para incluir cores na decoração da cozinha é jogar com diferentes contrastes, como verdes claros e escuros. Além disso, uma aposta super em alta na cozinha é a monocromia: fazer um móvel inteiro, inclusive puxadores e prateleiras no mesmo tom.
“Como arquiteta de formação, afirmo que pode nascer do desejo do cliente ou da percepção que o profissional consegue captar da sua personalidade. O próximo passo é estabelecer onde ela estará presente e a marcenaria costuma ser a mais especial por conta do seu protagonismo”, diz Karina. Além disso, se for possível testar as combinações de cores antes de inseri-las completamente no ambiente, pode evitar arrependimentos no futuro. “In loco tudo é diferente”, acrescenta.