Recentemente, a humorista Tata Werneck compartilhou os resultados de um procedimento estético que realizou no rosto. “Acabei de voltar da minha dermatologista, eu fiz o negócio de PDRN de salmão. Eu sou fresca, nunca fiz nada com agulha. É muito bom isso. Estou amando minha pele”, disse a apresentadora nos stories do Instagram.
Este é um tratamento recém-chegado ao Brasil que tem ganhado cada vez mais popularidade em todo o mundo. “O PDRN (polydeoxyribonucleotides) é uma substância composta por uma série de moléculas bioativas extraídas do DNA do esperma do salmão. Dessa forma, tem poderosas propriedades regenerativas. Então, na pele, é capaz de acelerar a cicatrização de feridas, além de promover rejuvenescimento ao estimular a proliferação de fibroblastos, que são responsáveis pela produção de colágeno, elastina e ácido hialurônico, componentes fundamentais para a manutenção da saúde, beleza e jovialidade da pele”, explica Danilo S. Talarico, médico pós-graduado em Tricologia Médica e Dermatologia Clínica e Cirúrgica.
Com relação às agulhas citadas por Tata Werneck, o procedimento pode ser realizado de duas formas: injetável ou por drug-delivery. “No drug-delivery, usamos tecnologias como o laser erbium ou de picossegundos, radiofrequência microagulhada e até MMP (microinfusão de medicamentos na pele) que vão abrir canais que possibilitam que o PDRN, aplicado em seguida, possa atuar em diversas camadas”, destaca o médico. Já a aplicação injetável do PDRN possibilita que a substância atue diretamente nos locais desejados para garantir máxima eficácia.
“O PDRN tem tripla ação. É um produto de biorregeneração celular que atua em três camadas: na epiderme sobre os queratinócitos, para melhorar a hidratação e o aspecto craquelado da pele; na região onde estão localizados os fibroblastos, que são as células que produzem colágeno; e na camada de gordura, para combater a perda de gordura facial que ocorre com o passar dos anos”, explica a Cláudia Merlo, médica especialista em Cosmetologia pelo Instituto BWS.
“Além disso, O PDRN está associado com outros dois ingredientes: um ácido hialurônico que aumenta a hidratação da pele sem promover volume e a niacinamida, que possui uma série de benefícios, atuando no clareamento da pele, na melhora da oleosidade e do tamanho dos poros, reduz a inflamação cutânea e promovendo ação antioxidante”, destaca a médica.
O resultado é uma pele muito mais firme, jovem e elástica, com menos rugas e flacidez, além de tornar-se mais hidratada, uniforme e luminosa. Danilo Talarico ainda afirma que o procedimento pode ser realizado de maneira preventiva, para retardar o processo de envelhecimento, e até mesmo antes de procedimentos estéticos e cirúrgicos. “Por ser capaz de promover a regeneração da pele e melhorar a cicatrização, o PDRN, quando aplicado em preparação aos procedimentos, ajuda a acelerar a cicatrização e a tornar o pós muito mais tranquilo”, diz o médico.
Além disso, o drug-delivery com PDRN também pode ser realizado no couro cabeludo. “Na região, a substância, por sua ação regenerativa, estimula a proliferação celular no bulbo capilar, mais especificamente no ‘bulge’ dos folículos pilosos, assim acelerando o crescimento dos fios, que também se tornam mais fortes, grossos e saudáveis”, acrescenta o especialista.
Os resultados do uso do PDRN em procedimentos estéticos de rejuvenescimento são extremamente naturais, apesar de não serem imediatos, surgindo conforme o colágeno, elastina e ácido hialurônico são estimulados. “O mais importante é que diversos artigos publicados de alta relevância comprovam sua eficácia. Mas, para os melhores resultados, a substância deve ser aplicada de acordo com a necessidade do paciente em um protocolo personalizado. No geral, depois da primeira aplicação, recomendo que o produto seja aplicado novamente após 30 dias e então sejam realizadas manutenções semestrais”, diz Cláudia Merlo.
E apesar de causar certa estranheza devido a sua origem, o PDRN é uma substância muito segura e bem tolerada tanto no drug-delivery quanto nos procedimentos injetáveis. “Isso por que o DNA do salmão é similar ao DNA humano, então o PDRN possui alta compatibilidade com nosso organismo. Além disso, durante o processo de extração e purificação da substância, são removidos peptídeos e proteínas que podem causar reações imunes, sendo seguro até para pacientes alérgicos a frutos do mar”, completa Danilo S. Talarico.