Juno Vecchi e Cah Fernandes participaram, nesta terça-feira, do podcast “Vaca Cast”
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Juno Vecchi e Cah Fernandes participaram, nesta terça-feira, do podcast “Vaca Cast”

As influenciadoras Juno Vecchi e Cah Fernandes participaram, nesta terça-feira (7), do podcast “Vaca Cast”, apresentado por Evelyn Regly. Durante o bate-papo, elas falaram sobre como foi difícil crescerem fora dos “padrões” impostos pela sociedade.

Vecchi contou que sempre foi uma mulher gorda e desde criança cresceu com aquela pressão na cabeça de que precisava emagrecer.

“Eu sempre fui uma mulher gorda, então desde criança eu sempre cresci com essa ideia na cabeça de que precisava emagrecer. Sempre tive [essa pressão]. É bizarro de você olhar foto minha e pensar que eu não era gorda ao ponto das pessoas terem essa preocupação enorme em cima de mim. Se vocês forem olhar as minhas fotos, eu era magra, mas me taxavam como gorda. É muito louco você perceber essa pressão em cima desde criança”, refletiu Vecchi, que compartilha dicas de moda e beleza nas redes sociais.

Segundo a influenciadora, essa pressão pela estética vinha da família e dos seus colegas de escola.

“Eu era a única amiga gorda. Hoje é engraçado porque tenho amigas gordas e hoje consigo ir dormir nas casas delas e pedir uma roupa emprestada para ir dormir. Eu nunca tinha tido essa vivência”, disse Vecchi.

Já Cah Fernandes, dona do perfil “Eta Nêga”, também revelou que teve uma infância difícil, onde sempre se sentiu muito feia e que foi parar na lista da mais feia da escola.

“Eu sou negra, nascida e criada em São Paulo. Eu sempre me achei muito feia, sempre fiz um grande esforço para ficar o mais aceitável possível. Já fui parar na lista dos mais feios da escola. Nossa, eu devia processar todo mundo hoje em dia. Mas eu sempre tive essa questão, principalmente com o meu cabelo crespo. Eu alisava com 7 anos. Eu tinha uns cachos, que era a coisa mais linda do mundo. Aplicaram um alisante nos meus cachos, eu fiquei com aquele negócio lambido. Ninguém da minha família assumia o próprio cabelo. Por muito tempo também não havia outras crianças negras ali. Hoje eu já sinto que tem uma diferença bem grande entre as gerações”, contou Cah, que complementou:

“Teve um dia que minha irmã estava na escola e a professora pediu para ela prender o cabelo, porque o black dela estava muito grande. Ela chegou em casa e contou para nossa mãe e no dia seguinte ela foi com um black maior ainda. Isso para mim é motivo de orgulho, porque se fosse eu naquela época, tinha chegado em casa chorando e passaria um alisante”.


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