Ex-BBB Flay mostra reação ao chip da beleza
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Ex-BBB Flay mostra reação ao chip da beleza

A ex-BBB Flay usou as redes sociais para mostrar os efeitos do chip da beleza no seu corpo. Em vídeo compartilhado por ela em uma rede social, a cantora aparece com o rosto tomado por erupções cutâneas. Em resposta a uma seguidora na rede social, ela fez um alerta sobre a falta de informação a respeito do tratamento.

"A questão é a falta de informações dos próprios médicos sobre ser um chip cheio de hormônios. Nada disso foi passado na época para mim. Por isso mesmo a importância de levar a informação para TV para que outras pessoas não caiam na mesma cilada", escreveu.

A cantora e a ex-BBB Flay fez seu relato sobre o uso do chip da beleza em reportagem do Fantástico deste domingo, 16/4. "Começou a cair bastante meu cabelo. A minha pele foi a minha maior tristeza. O meu rosto começou a encher completamente de espinha", resumiu ela durante entrevista.

Segundo os especialistas, o implante hormonal não pode ser banalizado e vendido como "chip da beleza".

A terapia com implante hormonal é um método indicado para tratamento de distúrbios ginecológicos para endometriose, adenomiose, TPM intensa e outras patologias. De acordo com Elsimar Coutinho, médico que criou o primeiro anticoncepcional injetável de uso prolongado no Brasil e se dedicou às pesquisas neste setor, formou uma equipe especializada na clínica que leva seu nome, o implante hormonal é um dispositivo implantável embaixo da pele, que libera hormônios de maneira progressiva por um período de até um ano.

"Trata-se de um tubinho de silástico inerte ao organismo, contendo substâncias ativas que são liberadas diretamente na corrente sanguínea. A estrutura de silicone controla de forma segura as doses de hormônio liberadas diretamente pelo implante, proporcionando um tratamento eficaz e minimizando os efeitos colaterais."

Os implantes hormonais devem ser colocados somente por médicos ou enfermeiros capacitados e podem permanecer no corpo mesmo após o período de liberação do medicamento, uma vez que o material é inócuo ao organismo. Além disso, diferentemente dos implantes biodegradáveis, em caso de sensibilidade ao princípio ativo ou desistência do tratamento por qualquer motivo, o paciente poderá interromper o seu tratamento a qualquer momento.

 O ginecologista Luiz Calmon explica que o implante jamais deve ser utilizado pensando em qualquer benefício estético para a paciente. Quando o tratamento é feito de forma correta e com um produto de qualidade, os principais benefícios são o aumento da disposição, melhora da libido, alívio de cólicas menstruais e sangramentos intensos.

 “Nem todas as mulheres devem e podem usar implantes hormonais, pois o uso inadequado, a falta de especialização, procedência do produto e dos profissionais, podem causar um efeito totalmente oposto ao desejado”, explica o especialista.

Como funciona

O tratamento com implantes hormonais é realizado por meio da implantação subcutânea de um segmento de tubos de silicone semipermeáveis. Esses tubos medem de 4 a 5 cm e comportam cerca de 40 a 50 mg de uma substância hormonal pura, que pode ser estradiol, testosterona bioidêntica ou progestínico.

Após a implantação, o hormônio é liberado gradativamente na corrente sanguínea, de maneira segura e com dosagem personalizada, por um período de seis meses a um ano. Em suma, o método bloqueia a ovulação, fazendo com que a mulher não menstrue ou tenha TPM.

 Entre os principais motivos que fazem com que os implantes hormonais sejam cada vez mais procurados estão:  eficácia, praticidade, segurança, conforto e bem-estar.

Luiz Calmon explica que a mulher que tem interesse em utilizar o método, deve passar por uma avaliação clínica e laboratorial minuciosa. “Saber a procedência do implante, o que contem em cada um deles e ser acompanhada constantemente pelo médico que prescreveu o método é fundamental para o sucesso e segurança do tratamento”, finaliza.

Fernanda Nichelle, médica que atua exclusivamente na área estética, está à frente da clínica que leva seu nome, em Porto Alegre, o chip da beleza é como se fosse um dispositivo que é colocado dentro do corpo da paciente e que faz uma liberação gradual e programada de algum ativo que se queira colocar naquele chip para ter acesso ao corpo humano.

"Os efeitos colaterais do chip dependem muito dos ativos que foram colocados nele, como por exemplo, se colocar testosterona, o que a gente pode esperar desse efeito colateral é um aumento da oleosidade da pele, queda de cabelo e pelos indesejados pelo corpo. Tudo depende muito do ativo colocado e da concentração desse ativo", explica a médica. 

Os malefícios que ele pode causar são muito variáveis, porque dependem do ativo, da concentração e principalmente da reação do organismo a esses ativos. Algumas pessoas podem responder de uma maneira muito diferente de outras. Então, nós não temos ainda bem mapeado e bem estudado todos os efeitos colaterais que podem ser advindos dos ativos colocados.

Não é receita de bolo

"Qualquer tipo de hormônio precisa ser usado com cautela e levar em conta as
necessidades e particularidades de cada pessoa. Se não for feito de forma
segura e apurada, o resultado é uma combinação real de efeitos colaterais.
Somente um profissional especializado de saúde, com equipe multidisciplinar e
acompanhamento constante por exames pode promover o sucesso do
tratamento, sendo que, como cada corpo reage de uma forma a determinadas
substâncias, daí a importância de monitorar o paciente e seus hábitos”, salienta
o médico integrativo Enrique Lora.

Segundo Lora,  oimplante hormonal utilizado por Flay tem até 1,5 centímetros, é um bastonete de silicone e pode ser implantado embaixo da pele, na região do quadril. O artifício pode conter testosterona, estrogênio, gestrinona ou progesterona. “É preciso salientar que esse tipo de implante auxilia nas carências de hormônios de cada pessoa, e, geralmente, o tratamento visa a melhor do condicionamento físico, mas também pode ajudar a ter uma pele mais bonita, a perder os quilinhos extras, aumentar a libido e até disfarçar a celulite”, explica.

“Há muitos efeitos colaterais envolvidos por isso é necessário que se faça uma anamnese correta e individual, para prescrever a reposição. Quando o método não é usado de forma correta o corpo apresenta efeitos colaterais como erupções na pele, queda de cabelo, aumento do clitóris, aumento de pelos no corpo, dentre outros. Ainda, é essencial utilizar a gestrinona com cautela e digo que ela deve ser evitada em alguns casos porque no caso de efeitos colaterais, sua potência é maior, ou seja, ela pode causar efeitos colaterais mais profundos”, conta o médico.

“É o que vivo afirmando em consultório: a reposição hormonal é algo exclusivo e muito particular, não se trata de receita de bolo ou algo pronto. É preciso ter consciência e muita clareza do diálogo entre paciente e médico, além de comprometimento para que o resultado seja positivo para ambos”, finaliza.

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