Com o passar dos anos, as marcas de expressão e as rugas na região dos olhos tornam-se cada vez mais evidentes e a idade é o principal fator responsável pelo envelhecimento da pele. Mas há também outros aspectos que podem estar relacionados a esse processo, tais como tabagismo, consumo exagerado de álcool, má alimentação, estresse, entre outros. Todas essas condições associadas podem contribuir - e muito - para um olhar mais “cansado”, com uma pele mais danificada.
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A boa notícia é que a Medicina tem oferecido tecnologias cada vez mais sofisticadas para restabelecer o viço da pele, bem como um olhar mais jovial. Para isso, novas técnicas têm sido, constantemente, aprimoradas com intuito de obter melhores resultados – a exemplo do Laser de CO2.
Considerado um tratamento avançado no que se refere ao rejuvenescimento palpebral, o laser de CO2 possui duas funções: módulo corte contínuo, que é utilizado para a cirurgia das pálpebras ou na blefaroplastia, ocorre por meio de incisão que retrai os tecidos ao mesmo tempo que corta e cauteriza. Trata-se de uma cirurgia mais “limpa”, que remove a gordura e a pele das pálpebras com o laser, com mínimo sangramento. Já o módulo resurfacing corresponde a um tratamento com a outra ponteira do laser, eficaz para manter a pele mais viçosa e rejuvenescida.
O Dr. André Borba, especialista em Cirurgia Reconstrutiva e Estética das Pálpebras e professor-fundador da Ocuplastics Academy, explica que a seleção apropriada de um procedimento de rejuvenescimento a laser não cirúrgico no consultório depende da combinação de inúmeros fatores, como gravidade das rugas, número de sessões de tratamento necessárias para atingir-se o resultado, tolerância para a recuperação pós- procedimento e riscos de hiperpigmentação e que, normalmente, é possível oferecer uma mix de tratamento de laser CO2 mediante a cada particularidade, associados a toxina botulínica, fios e preenchimentos com ácido hialurônico.
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Além de ser um procedimento eficaz para o tratamento das rugas e da flacidez das pálpebras, o laser de CO2 também auxilia nos casos de cicatrizes atróficas e hipertróficas (a exemplo de acne e marcas mais elevadas na pele),poros dilatados e lesões pigmentadas benignas como os lentigos (manchas) e efélides (sardas). Há casos que necessitam de mais atenção e regularidade no tratamento, como as lesões pigmentadas e as queratoses actínicas (lesões pré-malignas com alto risco de se transformarem em câncer com o tempo).
Benefícios
A redução das rugas com o uso do laser CO2 é baseada no princípio da criação de estímulos de calor, incitando uma resposta regenerativa da pele. Este processo de cicatrização estimula o remodelamento do colágeno, com a produção de um novo colágeno, elastina e outros componentes da matriz extracelular, gerando uma derme mais espessa. Além da redução das rugas, o remodelamento também atua na melhoria da textura da pele, tamanho de poros e cicatrizes.
Normalmente, para se obter um resultado favorável a esse tratamento são necessárias de uma a cinco sessões (dependendo do caso do paciente). As sessões duram em média 20 minutos – já contando com o tempo de preparo (limpeza e anestesia da face) e o resfriamento após o procedimento. Durante o processo, em cada sessão, está prevista a renovação de 5% a 100% da pele. “Quanto maior a potência do tratamento menor será a necessidade de repetição e maiores serão os intervalos entre elas (1 a 3 meses de intervalos)”, revela Dr. André.
Contraindicação
Há situações em que os tratamentos com lasers não são recomendados, tais como: infecção ativa na área de tratamento (herpes simples, acne com pústula); dermatoses na área de tratamento (vitiligo, psoríase, dermatite atópica); melanoma ou lesões suspeitas para melanoma; peeling químico profundo; queloide, entre outras.
Efeitos colaterais
Os efeitos esperados são leve desconforto durante a aplicação, sensação de calor (duração 1 hora), minicrostas na pele (3-7 dias), inchaço (2-3 dias), aspecto bronzeado e descamação (3-4 dias).
Pós-procedimento
É importante seguir as orientações do seu médico especialista de confiança durante todas as etapas do tratamento, desde a consulta prévia com exames físicos e laboratoriais.
Em geral, no pós-tratamento recomenda-se filtro solar diário, cremes cicatrizantes ou hidratantes suaves, assim como evitar a exposição solar. Em casos de pacientes com tendência a hiperpigmentação são indicados corticoides.
“É muito importante que os pacientes sejam acompanhados com fotografias regulares e fórmulas cosmecêuticas próprias para o rejuvenescimento de acordo com cada caso”, explica Dr. André Borba.