Jovem morre após fazer três cirurgias plásticas e passar mal
Edisa de Jesus Soloni fez os procedimentos em uma clínica que possui histórico de homicídio culposo
Por iG Delas |
A jovem Edisa de Jesus Soloni, de 20 anos, morreu após fazer três cirurgias plásticas e passar mal. Ela realizou os procedimentos em uma clínica na região centro-sul de Belo Horizonte na última sexta-feira (11), quando passou mal e teve que ser levada a um hospital. Ela veio a óbito pouco depois de chegar no local.
Segundo o G1, Edisa desmaiou na clínica e reclamou de dores após ter passado pelas cirurgias. A família da jovem fez um boletim de ocorrência e afirma que a clínica foi negligente. Já o estabelecimento garante que não houve negligência, diz que prestou socorro quando foi necessário e fala que a morte foi causada por uma embolia pulmonar.
O delegado Vinícius Dias revela que a clínica já foi investigada por homicídio culposo em 2011. Além disso, ele destaca que o local não possui todos os alvarás de funcionamento e que o médico que realizou a cirurgia "concluiu estágio (equivalente à residência médica), mas não possui o título de especialista".
Silvana Mota Pereira, prima da vítima, disse em entrevista ao G1 que Edisa estava muito feliz em realizar uma lipoabdominoplastia, pois era o sonho dela fazer essa cirurgia. Ela também contou que foi o próprio médico que sugeriu que a jovem fizesse as outras duas cirurgias, uma lipoaspiração na região do queixo e aplicação de gordura retirada da barriga nos glúteos.
"Minha prima contou que o próprio médico a incentivou, além da lipoabdominoplastia, lipar a região do queixo e colocar no glúteo a gordura retirada da barriga. Médico também disse que este procedimento não precisaria ser em hospital e que a clínica era bem equipada", Silvana revelou. Ela ainda falou que a prima pagou R$ 11 mil por todos os procedimentos.
Segundo Silvana, o médico disse que Edisa estava com um problema simples, mas mesmo assim ela precisaria ser transferida para um hospital. Após a morte, ela não teve mais contato com o profissional. "Ele [o médico] simplesmente disse que foi uma fatalidade e, desde então, tem evitado falar com a gente. Um absurdo. Descaso total", conclui.