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Você já deve ter ouvido que “tudo em excesso faz mal” e realmente existem muitos momentos na vida em que “um é bom e dois é demais”. Nos cuidados com a pele e o cabelo isso também se torna uma regra.

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Alguns cuidados devem ser revistos para não causar complicações à pele e ao cabelo
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Alguns cuidados devem ser revistos para não causar complicações à pele e ao cabelo

Às vezes exageramos na dose dos produtos de beleza e acabamos prejudicando ao invés de ajudar. Já viu aquela amiga que por ter a pele muito oleosa acaba passando sabonete facial várias vezes por dia? Ou quando você acaba fazendo máscara capilar todos os dias porque quer deixar o cabelo mais macio.

Pois é, exagerar no autocuidado pode ser um erro dos grandes! Para não sobrecarregar a pele e os cabelos, fique atento aos 6 exageros nos cuidados da pele e cabelos, que fazem mais mal do que bem à beleza:

1. Aplicar muita máscara capilar nos fios

A máscara capilar em excesso pode deixar o cabelo pesado e sem brilho
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A máscara capilar em excesso pode deixar o cabelo pesado e sem brilho

Embora esse produto faça parte da rotina de cuidados com o cabelo para mantê-lo saudável, é preciso tomar cuidado na hora de usar, pois, em exagero, o resultado pode não ser o esperado. “O uso frequente e em excesso de máscaras capilares, por exemplo, pode tornar o seu cabelo pesado e sem brilho”, explica o Dr. Jardis Volpe, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Segundo o especialista, isso acontece por que as máscaras capilares são soluções concentradas para que possam atuar profunda e rapidamente. Por isso que, se utilizadas com muita frequência, o produto pode acabar se acumulando nos fios, que se tornam rígidos, opacos e quebradiços”.

  • Qual deve ser a frequência e como aplicar

“Cabelos mais grossos, por exemplo, devem receber o tratamento com máscara capilar apenas uma vez por semana. Já os cabelos mais finos devem utilizar o produto a cada duas semanas”, explica. As máscaras capilares devem ser aplicadas apenas da metade dos fios até as pontas, pois é a região mais seca do cabelo, sempre evitando as raízes. O excesso do produto na raiz pode provocar o aumento da oleosidade no couro cabeludo, levando a problemas como a dermatite seborreica.

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2. Lavar em excesso – famoso overwashing

Lavar demais o rosto pode alterar a barreira de proteção da pele
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Lavar demais o rosto pode alterar a barreira de proteção da pele

Muitas pessoas, principalmente com pele oleosa, abusam da limpeza facial com o objetivo de reduzir o brilho no rosto. O ideal é lavar o rosto de manhã e à noite, não mais do que isso, segundo a dermatologista e tricologista Dra. Kédima Nassif, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

  • O que acontece se lavar demais?

O excesso de lavagem, mais do que duas por dia, pode alterar a barreira de proteção da pele, gerar tanto ressecamento quanto o aumento da produção de oleosidade. Além de poder causar uma dermatite de contato, explica a profissional.

  • Aumenta a oleosidade?

Sim. “O excesso de lavagem altera a produção natural de oleosidade da pele, tornando a barreira de proteção alterada e deixando a pele mais suscetível ao ressecamento. Uma pele suscetível ao ressecamento vai, em contrapartida, ter uma produção maior de oleosidade, como uma reação do organismo para compensar – que é entendido como uma agressão. Se essa oleosidade passar do ponto, a pele sai de ressecada para extremamente oleosa”, completa a médica.

3. Esfoliar demais

A frequência da esfoliação depende das necessidades da pele
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A frequência da esfoliação depende das necessidades da pele

A frequência com que se deve esfoliar o rosto é um fator que depende de cada tipo de pele, da estação do ano e dos procedimentos e tratamentos que estão sendo utilizados naquele momento. “E os intervalos precisam ser respeitados para que não irrite a pele, nem cause o efeito rebote, ou seja, o efeito contrário do esperado, estimulando a oleosidade, levando a abertura de poros”, afirma a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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“Em peles secas, o tecido pode ficar avermelhado ou sensível, se houver o uso excessivo do esfoliante, pois ocorre a retirada do manto lipídico natural de proteção e defesa do tecido”, complementa.

  • Como devem ser aplicados

A médica explica ainda que os esfoliantes faciais devem ser aplicados com massagens suaves na pele preferencialmente à noite, após a limpeza. De modo geral, não devem conter substâncias abrasivas em excesso, que arranhem a pele e que estejam em alta concentração. Estas substâncias podem provocar microfissuras, ou feridas que desequilibrem a integridade da barreira cutânea e facilitem a proliferação de micro-organismos. Isso tudo pode levar a perda da homeostase, levando a processos de dermatites e eczemas.

  • Para não ter mais erro

Peles mais secas, sempre com orientação do dermatologista, devem ser esfoliadas de uma a duas vezes por semana. Preferência para formulações com grânulos finos, de origem natural, associados a substâncias calmantes e hidratantes.

Peles levemente acneicas e oleosas podem ser esfoliadas até três vezes por semana. Logo após a esfoliação, é importante utilizar uma loção tônica adstringente com efeito anti-inflamatório e complementar com hidratantes aquosos e serosos.

4. Usar muitos produtos em sequência

Passar muitos produtos ao mesmo tempo pode resultar na perda de eficiência dos componentes de cada um
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Passar muitos produtos ao mesmo tempo pode resultar na perda de eficiência dos componentes de cada um

Usar um creme em cima do outro não vai fazer milagres na sua pele. “Com relação aos cremes de tratamento, o anti-idade, o hidratante e o fotoprotetor estão entre os produtos realmente necessários para sua pele facial. Rotinas de beleza que incluem muitos produtos podem causar grandes problemas, como a dificuldade de penetração de um ingrediente e o fechamento dos poros”, explica o Dr. Jardis.

Além disso, ao usar muitos produtos de maneira aleatória, há uma grande chance de cair em um erro de incompatibilidade química. Isso pode trazer problemas de pele como dermatite e ressecamento e também anular ou reduzir o efeito do cosmético.

“Quando você faz um tratamento orientado por dermatologista, a ação anti-idade pode ser adicionada ao hidratante no mesmo produto, e o médico ficará atento aos ativos”, afirma Lucas afirma o farmacêutico Lucas Portilho, consultor e pesquisador em Cosmetologia e diretor científico da Consulfarma.

5. Ingerir demais alimentos considerados saudáveis

Presente no ovo, a vitamina A em excesso pode causar queda de cabelo, por exemplo
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Presente no ovo, a vitamina A em excesso pode causar queda de cabelo, por exemplo

Muitos nutrientes exercem papel fundamental na saúde e beleza da pele. No entanto, quando passamos do limite de uma alimentação balanceada e abusamos da quantidade até mesmo dos “superfoods”, podemos fazer um mal danado à pele. “A ingestão demasiada da vitamina A pode causar perda de cabelo e dos cílios, além de ressecar a pele”, diz a dermatologista Dra. Claudia Marçal para citar um exemplo. Fígado, ovos, agrião, cenoura, mamão, tomate e abóbora estão entre os alimentos com maior quantidade de vitamina A, que também está presente em muitos polivitamínicos (então tome cuidado ao comprar).

Alimentos ricos em fibras são essenciais para a boa saúde da pele, no entanto especialmente quando consumidos em excesso também podem trazer problemas. Já que podem levar à prisão de ventre e desidratação. O próprio suplemento do soro do leite whey protein, o queridinho dos amantes da musculação, pode fazer mal, principalmente para pacientes com tendência à acne, por estimular a produção de oleosidade.

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6. Lixar os pés

A lixa é muito agressiva para a pele dos pés
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A lixa é muito agressiva para a pele dos pés

A esfoliação dos pés deve ser feita, mas sempre deve ser evitado o uso da lixa. “Quanto mais agressivo for o quadro de esfoliação, maior será o efeito rebote produzido pela pele. Num primeiro momento, nós podemos perder a capacidade natural de autoproteção, tirando o estrato córneo, não só o excessivo, mas o natural que protege os pés”, afirma a dermatologista Dra. Claudia Marçal. 

Ao fazermos isso, abrimos a porta de entrada para fungos e bactérias. Além disso, podemos aumentar a sensibilidade dessa pele, no desenvolvimento de dermatite irritativa ou de contato, por andar descalços ou pelo uso de sapatos que nem sempre são feitos de materiais naturais.

  • Como esfoliar

Deve-se usar esfoliantes à base de cremes ou esfoliantes com microesfera em óleos. “Podemos usar sal grosso, numa emulsão com óleos naturais, ou mistura de açúcar com mel para fazer a esfoliação”, diz a profissional.

A esfoliação deve ser realizada em movimentos circulares e na região do dorso e planta dos pés. Logo depois deve ser feito o uso de um bom creme hidratante à base de lanolina, vaselina, nutriomega 3, 6, 7 e 9, manteiga de karité, Vitamina E, Pro Vitamina B5 e a ureia, segundo a especialista.

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