Já imaginou um produto que evita cólicas menstruais, age como anticoncepcional e ainda reduz a celulite, além de diversos outros benefícios? Essa é a promessa do chamado “chip da beleza”, que está fazendo muito sucesso nos últimos meses, mas pode parecer propaganda enganosa para muita gente.
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De acordo com a ginecologista obstetra e mastologista Lívia Venturieri, esse implante hormonal tem ação anticoncepcional, melhora a dismenorreia, que é a cólica menstrual, e a TPM (Tensão Pré-Menstrual), combate sintomas desagradáveis da menopausa e diminui a retenção hídrica. O nome chip da beleza surgiu por conta dos benefícios secundários observado em mulheres, tais como redução da celulite, ajuda no ganho de massa muscular, cabelos e unhas mais fortes e pele mais bonita.
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“O chip é inserido na região subdérmica, e os hormônios são eliminados lentamente e absorvidos pela corrente sanguínea”, explica a especialista. “É indicado para mulheres que tenham alguns dos problemas mencionados, como TPM, mas sempre vale lembrar que são usadas associações de hormônios que respondam especificamente para as necessidades de cada mulher. E, por isso, cada implante tem uma função e a indicação não pode ser generalizada, já que devemos levar em conta todo histórico da paciente.”
Perigos
O chip pode ter o mesmo efeito de um anticoncepcional para algumas mulheres. Apesar dos benefícios, ele também pode causar diminuição de libido e aumento da oleosidade da pele e do risco de trombose, por exemplo. “Por isso é que a avaliação é individual. Os efeitos colaterais vão depender do histórico de cada pessoa. Para isso, fazemos uma avaliação que inclui dosagem hormonal, histórico de trombose, de câncer, entre outros exames de sangue".
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Após a avaliação médica, as mulheres que são liberadas para o uso do chip da beleza passam pelo procedimento para inserir o implante hormonal . O processo leva cerca de 30 minutos e, segundo Lívia, não é preciso ficar de repouso depois disso. “A durabilidade é de seis meses a um ano e a média de valor de R$ 3 mil.”