Chega de estrias! Técnica cobre as marcas brancas com tatuagem
Tatuador brasileiro desenvolve técnica exclusiva para camuflar as marcas brancas de estrias no corpo com tatuagem no mesmo tom da pele
Por Francine Olivieri |
Estrias brancas podem desaparecer? Essa é uma das principais dúvidas de mulheres que sofreram esse tipo de trauma na pele, independente do motivo pelas quais as marcas apareceram - alteração de peso, gravidez, crescimento, entre outros.
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Para esconder as estrias , há quem aposte em tatuagem, que cobre as marcas brancas e as torna imperceptíveis após uma média de 10 dias. Quem faz o trabalho é Rodolpho Torres.
Como funciona
O efeito camuflador é criado com uma tatuagem feita por cima das linhas esbranquiçadas , nos os tons exatos da pele da cliente. Esse é o grande segredo do tatuador para deixar as marcas imperceptíveis aos olhos, já que atingir a cor certa não é algo muito fácil, principalmente depois da cicatrização.
A técnica consegue camuflar as estrias, mas requer cuidados e cautela. Conversamos com Daniela Lemes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que esclarece as principais dúvidas sobre esse novo procedimento.
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Tem algum problema?
A medica explica que se a paciente quiser posteriormente fazer algum procedimento com laser para melhorar as estrias, não será possível porque haverá um pigmento (da tatuagem) interagindo com o laser.
"Também não será possível fazer depilação a laser na mesma região da tatuagem. Já vi casos de pigmentação corretiva realizada por outros profissionais que após alguns anos o pigmento se espalhou por dentro do tecido e ficou borrado, sendo necessário tratamento com laser para tentar remover", diz médica.
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Lado positivo
"A vantagem da tatuagem é que ela possui uma resposta muito rápida, não é necessário fazer muitas sessões", aponta a dermatologista.
Manutenção
Entretanto, é preciso, mais uma vez, pensar no futuro ao optar por um método como esse. "Com o passar dos anos, o pigmento modifica de cor, o que é absolutamente normal. Nesse caso específico, como é um pigmento bege, não possui tanta interação com o laser, o que dificultará sua remoção se a paciente quiser um dia", explica.
"É importante ressaltar também que nosso corpo continua envelhecendo. Daqui a alguns anos, o pigmento pode ter sua cor modificada e até se deslocar da região em que foi realizado", completa.
Há outras técnicas?
"Quando as estrias são mais recentes, a resposta é melhor do que sobre as mais antigas. Para peles mais claras pode ser aplicado o laser de CO2, que possui melhor resposta para estrias. Pode-se associar com aplicação de ácido polilático para estimular a produção de novas fibras de colágeno", esclarece a médica.
Há também outras opções, como laser de erbium e laser não ablativo ou o Elektra para pacientes negras, sem riscos de complicação. "No mínimo são indicadas de três a quatro sessões, com intervalo de um a dois meses. Em comparação com a tatuagem, o tratamento com laser é mais demorado, mas há estímulo de colágeno, que é definitivo. Continuamos envelhecendo, mas o que há de melhoria das estrias com estímulo de colágeno não será perdido", conclui Daniela.
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