Brasileiras procuram cada vez mais por intervenção nas partes íntimas
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Brasileiras procuram cada vez mais por intervenção nas partes íntimas

O Brasil é campeão em cirurgias íntimas, de acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). Entre 2018 e 2019, as clínicas brasileiras contabilizaram 30 mil cirurgias plásticas feitas na região genital do corpo, 18 mil a mais do que nos Estados Unidos, segundo colocado no ranking.

Entre 2015 e 2019, a procura mundial por intervenções íntimas também cresceu: esse tipo de cirurgia registrou 73,3% de aumento em todo o planeta.

Uma das pessoas que realizaram uma cirurgia na genitália externa é a ex-BBB e médica veterinária Vanessa Mesquita. Em entrevista ao Na Telinha UOL, a ex-sister afirmou que já sentiu muita diferença desde o procedimento: “O colágeno estava fazendo muita falta e comecei a me achar flácida. E como a região íntima também ocorre esse problema, procurei uma especialista em plástica íntima, ela me deu muita tranquilidade para fazer [...] está jovial".


Plásticas íntimas

O procedimento realizado por Vanessa se chama ninfoplastia, que também é conhecida como labioplastia. Essa cirurgia busca reduzir o tamanho da lábia menor, que é parte da vulva que protege a abertura da vagina.

As clínicas também oferecem a redução do monte de vênus, a reconstrução do hímen, a reparação de tecidos prejudicados pelo parto normal e a reconstrução da cavidade vaginal.

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Dr. Wandemberg trabalha com cirurgia plástica desde 1999

Segundo o cirurgião plástico Wandemberg Barbosa, os últimos anos revelaram um grande aumento na procura por cirurgias estéticas em partes íntimas. Em sua clínica, cinco a oito mulheres buscam alterar a aparência da genitália todos os meses.

A maioria das queixas, segundo Barbosa, são estéticas, mas também existem incômodos físicos na vulva em geral: “Na maioria das vezes, a própria mulher se incomoda, olha no espelho e não gosta do que vê. No entanto, o tamanho pode atrapalhar durante a relação sexual, já que aquele pequeno lábio entra no canal vaginal e machuca a paciente’’.

“Ter uma lábia avantajada também incomoda algumas mulheres em diversos momentos, como na hora de se vestir. Um pequeno lábio avantajado pode atrapalhar na hora de colocar a calcinha, dobrando e causando dor’’.

Entre os principais motivos para a ninfoplastia, também estão a dificuldade de higienização da região, o incômodo na prática de esportes e a queda de libido pela baixa autoestima.

Procedimento

A cirurgia é realizada por meio da retirada de pele das partes íntimas e pode levar até três horas. “Essa rececção é feita com anestesia local. Quando o paciente está muito estressado, nós pedimos o concurso de anestesista para fazer uma sedação. Após [a retirada de pele] desse lábio, nós fazemos uma sutura com um fio absorvível”, afirma Wandemberg.

A labioplastia só pode ser realizada em pacientes acima de 18 anos de idade
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A labioplastia só pode ser realizada em pacientes acima de 18 anos de idade

Os fios absorvíveis facilitam o pós-operatório, já que caem sozinhos e não precisam ser retirados por um profissional. A recuperação, por sua vez, pode levar até 30 dias, que é o tempo limite para a queda dos pontos. “A partir da queda, as pacientes podem retornar à vida sexual regular”.

O profissional constata que os riscos de uma cirurgia íntima como a labioplastia são baixos. ‘’Nós introduzimos antibiótico profilático durante 48 horas, então o risco de infecção é pequeno’’.

Por mais que a cirurgia seja considerada simples e rápida, ela é definitiva: “Ela é fixa. Fazendo dentro dos princípios da medicina, não existe necessidade de retorno. Ela só se torna recorrente quando a retirada de pele da retirada da pele não é adequada, ou seja, se retirou a menos do que deveria se retirar. Daí, muitas vezes precisa repetir a cirurgia”.

Cirurgia apresenta riscos pequenos, mas deve ser feita com cautela
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Cirurgia apresenta riscos pequenos, mas deve ser feita com cautela

As cirurgias íntimas também podem ser realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para entrar na fila, é necessário visitar uma unidade básica de saúde (UBS) e receber o aval de um especialista. 

Depois de diversos exames, é necessária a aprovação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para que o procedimento seja realizado. 


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