O cantor Naldo Benny e a dançarina Ellen Cardoso, a Moranguinho, contaram que gostam de fazer sexo a três , para apimentar o casamento. A informação foi confirmada pelos artistas na última quinta-feira (30) após uma mulher expor nas redes sociais que foi chamada para transar com o casal, mas que não aceitou o convite.
Naldo e Moranguinho aproveitaram a polêmica para apontar que a prática é algo recorrente no relacionamento deles. "A gente gosta muito de namorar, temos nossa maneira de apimentar nossa relação, não houve infidelidade nenhuma, sacanagem nenhuma, a gente é parceiro pra caramba, a gente é muito fiel um ao outro, colados um no outro", contou Naldo em seus stories.
"Tem gente que gosta de fumar maconha, tem gente que gosta de ficar doidão e a gente gosta de sexo. E isso não tem problema nenhum e não prejudica ninguém", finalizou Moranguinho.
A psicóloga especializada em sexualidade Caroline Freitas, da paltaforma Sexo Sem Dúvida, aponta que o sexo a três é um dos fetiches que mais causa curiosidade em pessoas que querem expressar novos prazeres sexuais. Por ser uma prática que envolve uma terceira pessoa, alguns casais podem ficar receosos no momento de propor a experiência para o cônjuge.
Freitas aponta que ter desejo de fazer sexo a três não quer dizer que uma pessoa não está mais interessada no par ou que tem vontade de trair. "Não tem nada a ver. É sobre ter uma nova vivência sexual e sentir novas formas de prazer, tanto que a pessoa quer trazer a parceira para oferecer uma prática diferente para esse relacionamento. Esse cônjuge faz parte da fantasia", explica a especialista.
Como abordar o sexo a três com o par?
O primeiro passo é a conversa, o que pode parecer difícil no caso de casais que não têm o costume de conversar sobre sexo ou falar sobre as próprias fantasias. A psicóloga salienta que esse primeiro contato com o tema não deve ser feito fora da cena sexual, mas em um cenário mais confortável no dia a dia para sondar a opinião do outro.
"Temos muitas situações cotidianas em que dá para conversar sobre isso, desde notícias até filmes e seriados, em que pode surgir a possibilida de um comentário ou uma pergunta sobre o que a pessoa acha da ideia. É bom fazer essa pergunta com um contexto geral antes de perguntar se é uma prática que pode ser trazida ao casao ou não", indica Freitas.
Com isso feito, vale prestar atenção nos sinais. Se for uma possibilidade, essa pessoa vai se empolgar e estender a conversa. Se não, é possível que a pessoa já corte o assunto e sinalize que não quer mais falar sobre isso.
Benefícios do sexo a três para o casal
No senso comum, é muito pensado que o ménage à trois pode dividir os casais e gerar um afastamento. No entanto, o efeito contrário também pode acontecer, como é o caso do próprio Naldo e de Moranguinho.
Para isso, no entanto, Freitas ressalta que a prática deve ser consensual e de desejo de ambas as partes. "Se for uma prática consensual, que ninguém ali faz só para agradar, dá de presente ou porque quer resolver um problema conjugal, há um aumento do prazer por se experimentar sensações diferentes. Há um aumento da intimidade e cumplicidade desse casal".
Como escolher a terceira pessoa para participar da prática?
Freitas explica que existem casais que preferem convidar pessoas conhecidas ou do convívio próximo, enquanto outros buscam por pessoas completamente desconhecidas. Cabe ao casal conversar sobre qual perfil preferem escolher. O caso da pessoa desconhecida é mais buscado para quem quer discrição ou não quer ter convívio com a pessoa que participou da prática.
Cabe também pensar, por exemplo, sobre o gênero dessa terceira pessoa que vai participar; afinal, essa escolha também pode ditar qual será a configuração do encontro e quais tipos de sensações poderão ser providas. Por exemplo: uma relação feita com duas pessoas com pênis e uma com vágina pode propiciar a dupla penetração. Tudo deve ser conversado para entender o perfil da pessoa que será convidada para transar com o casal.
Como o casal pode se preparar para o sexo a três?
Freitas aponta que a conversa franca e aberta sobre o desejo de experimentar o sexo a três é o primeiro passo. Além disso, é importante sempre discutir como as pessoas envolvidas vão realizar a prevenção com base nas práticas que vão acontecer.
Os limites também são um ponto importante a serem abordados. "É preciso que o casal saiba o limite individual e pensar em situações que podem causar desconforto. Se o casal quiser parar por alguma razão, vale combinar uma sinalização", indica a psicóloga.
Pensar nos estímulos novos que o casal quer experimentar também é um norte para tornar a prática confortável e prazerosa: "Deve-se conversar sobre as fantasias e como cada pessoa terá envolvimento para que não haja uma triangulação que deixe alguém de fora – a não ser que esse de fora não queria participar fisicamente e só queira assistir, no caso do fetiche do voyeurismo".
Freitas reforça a importância de trabalhar o emocional de ambas as partes. O sexo a três deve ser realizado apenas se todas as pessoas se sentem confortáveis com a ideia, e não para agradar a oura pessoa ou resolver um problema da relação. "Essa exploração de prazeres pensada antes vai trazer mais vontade de se soltar e se entregar de forma responsável", pontua.
Agora você pode acompanhar todos os conteudos do iG Delas pelo nosso canal no Telegram. Clique no link para entrar no grupo.