Pessoas com deficiências encontram dificuldades para trabalhar, locomover-se pela cidade e até para realizar tarefas de casa, além de ser comum que a sociedade tenha preconceitos acerca da sexualidade delas. Pensando nas próprias dificuldades como uma pessoa com deficiência, o taiwanês Vincent fundou a “Hand Angels”, organização de caridade que ajuda os clientes a terem prazer sexual por meio da masturbação.
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À “BBC”, o taiwanês afirma que desenvolveu poliomielite – doença infecto-contagiosa que pode causar paralisia – quando era apenas um bebê, três meses após dar os primeiros passos. Fadado a ficar para sempre em uma cadeira de rodas, Vincent afirma que “se vê” em outras pessoas com deficiência, e que passou a pensar que, apesar de ter os movimentos das mãos normais, muitos não têm. Foi assim que surgiu a organização, que, segundo ele, tem voluntários que prestam serviços de masturbação , ajudando pessoas que não conseguem se satisfazer sozinhas.
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Como funciona?
Apesar de as sessões durarem 90 minutos, a preparação que vem antes delas pode durar cerca de seis meses. De acordo com Daan, um dos voluntários da “Hand Angels”, a organização passa esse tempo todo conversando com os clientes a respeito das necessidades quem cada um tem. Uma delas, Mei Nu, teve uma sessão e afirma que ficou bastante satisfeita com o serviço. “No processo, eu fiquei realmente muito satisfeita e senti que poderia conseguir aquilo que antes não poderia conseguir, então fiquei feliz”, conta.
Mesmo tendo discutido longamente com Vincent a respeito do que seria feito, a mulher afirma que não conheceu Daan até que ele chegou em sua casa. De acordo com o voluntário, apesar de ela estar bem nervosa, tudo ocorre naturalmente. “Eu apenas abri a porta, entrei no quarto, tomei banho, tirei minhas roupas, fui para a cama e conversei com ela... Como em na vida sexual normal”, explica Daan.
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Críticas
A “Hand Angels” já atendeu seis pessoas e, apesar da satisfação descrita por Mei Nu, a iniciativa recebe muitas críticas; algumas pessoas comparam o serviço de masturbação oferecido pelos voluntários com prostituição. Porém, outra voluntária, Anan, afirma que não encara isso como julgamento e não se importa com o fato de alguns acharem que ela é uma profissional do sexo. “Outras fundações pensam em como ajudá-los a encontrar um emprego ou viverem sozinhos, mas não pensam na questão sexual. É isso o que nós fazemos”, explica.