Geneticistas evolucionistas vêm tentando entender há pelo menos 100 anos o porquê de a reprodução sexual evoluir enquanto a assexuada – que é muito mais eficiente por não necessitar de um parceiro – continua na mesma. Como forma de entender mais, foi feito um estudo que comprovou que ela evoluiu e está ajudando a combater doenças causadas por micróbios.
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A teoria é que a reprodução sexual evoluiu por causa da existência de causadores de doenças e a necessidade de evoluir constantemente e adaptar-se a a eles. Pesquisadores da "University of Adelaide" desenvolveram um modelo de simulação computacional que defende a sua teoria. Jack da Silva, autor principal do estudo, disse ao Daily Mail que existe uma teoria conhecida como “Hill-Robertson Interference”para o explicar a evolução. Ele diz que o sexo leva à recombinação genética, que pode proporcionar vantagens evolutivas.
O sexo permite a recombinação de DNA entre pares de animais, e os descendentes que são produzidos podem transportar mais de uma mutação benéfica no DNA. No entanto, Silva diz que esta teoria não explica porque se reproduzir através do sexo seria mantida em uma população estável que já bem adaptada.
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“A maioria das mutações em uma população adaptada será ruim. Para que uma mutação seja boa para você, o ambiente precisa estar mudando rapidamente”, afirma o Dr. da Silva. “Teria de haver alguma força seletiva forte e contínua para que o sexo fosse melhor do que se reproduzir assexuadamente".
No entanto, o especialista analisou outra teoria que poderia ser combinada com a teoria de Hill-Robertston para explicar por que ocorre o sexo para se reproduzir. A teoria “Red Queen” diz que patógenos como bactérias, vírus e parasitas estão continuamente se adaptando a nós, que estamos constantemente tendo de evoluir para nos tornarmos resistentes a eles.
Isto proporciona a oportunidade de novas mutações serem benéficas e mantém uma força seletiva forte. Esta corrida evolutiva é exatamente como o problema da resistência aos antibióticos – bactérias que evoluem rapidamente para se adaptarem aos antibióticos e à necessidade de encontrar novos tipos de remédios.
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"Essas duas teorias foramanalisadas independentemente, mas nós as unimos", disse o Dr. Da Silva. "Por conta própria, as duas não conseguem explicar o sexo, mas olhando para elas juntos, nós mostramos que a dinâmica da Red Queen de que a evolução de patógenos produz esse ambiente em mudança que faz a reprodução sexual ser vantajoso através do mecanismo genético simples da teoria de Hill-Robertson"Este não é um teste definitivo, mas mostra que nosso modelo é consistente com a melhor evidência experimental que existe".