Um estudo conduzido pela Universidade de Ciências e Tecnologia da Noruega, que analisou os mecanismos psicológicos por trás do assédio sexual entre adolescentes, descobriu que, quanto mais os jovens fazem sexo casual, mais propensos são a praticar algum tipo de assédio com outras pessoas.
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Ainda mais surpreendente que isso é a existência de um ciclo indicando o caminho contrário: segundo os pesquisadores, adolescentes que costumam praticar sexo casual tem mais chances de assediar alguém do que pessoas que não praticam.
Para o estudo, foram recrutados mais de 1,3 mil garotas e garotos de até 18 anos. Nele, dois tipos de assédio foram estudados: o primeiro é o que ocorre entre pessoas de gêneros opostos e, geralmente, consiste na “solicitação” de sexo , e o segundo consiste em um tipo de competição entre pessoas do mesmo sexo para que pareçam mais “atraentes”.
Resultados
Na pesquisa, um dos autores, Leif Kennair, afirma que o segundo tipo ocorre como uma forma de “posicionamento social”, ou seja, tentar estragar a imagem de alguém do mesmo gênero para reduzir a probabilidade daquela pessoa “roubar” um possível parceiro para sexo.
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Segundo os dados encontrados, assédio sexual é bastante comum. Cerca de 60% dos meninos e meninas que fizeram parte do estudo relataram situações do tipo durante o último ano. Ao mesmo tempo, 30% das garotas e 45% dos garotos admitiram ter assediado alguém ao menos uma vez.
Além disso, apesar de assédio ser normalmente relacionado a algo feito por homens, a pesquisa aponta que outras possibilidades também existem. A forma mais comum, segundo o estudo, é a entre meninos. “Tipicamente, um menino faz comentários sobre outro ser gay”, afirma o estudo. Em segundo lugar vêm os meninos que assediam meninas, e, em terceiro, meninas que assediam meninas. Meninas que assediam meninos compõem o cenário mais incomum.
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De acordo com o estudo, uma vez que jovens passam a praticar sexo casual, passam a fantasiar mais sobre o tema e acabam buscando cada vez mais o sexo sem qualquer comprometimento ou ligação emocional, fazendo uso do assédio como instrumento para isso.