Enquanto casais ao redor do mundo acabam de celebrar o amor durante o “Valentine’s Day” (Dia de São Valentim, comemorado em alguns países em 14 de fevereiro), o Japão se depara com mais uma evidência de que seus cidadãos não andam tão empolgados com o sexo.

Sem sexo no casamento? Trabalho e filhos podem contribuir para a tendência no Japão
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Sem sexo no casamento? Trabalho e filhos podem contribuir para a tendência no Japão

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Um novo estudo feito pela Japan Family Planning Association (Associação de Planejamento Familiar do Japão ) descobriu que quase metade dos casais não fez sexo por mais de um mês após o casamento e não esperam que isso mude em um futuro próximo. O comportamento é definido pela associação como casamento sem sexo. 

A pesquisa registrou um índice recorde: 47,2% das pessoas (homens e mulheres) consultadas afirmam ter um casamento sem sexo . Em comparação com a porcentagem obtida pela mesma enquete realizada em 2014, o número cresceu 2,6 pontos percentuais. Se comparado com o resultado da primeira edição do estudo, feita em 2004, o aumento fica ainda mais significativo: até então, a porcentagem era de 31,9%.

Por que isso acontece?

Alguns especialistas duvidam da ideia de que o país tem sofrido uma queda coletiva da libido e comentam que a nação não é a única entre as industrializadas que não têm encontrado tempo para momentos íntimos. O nível mais alto de falta de sexo no casamento foi registrado entre pessoas na faixa dos 40 anos, uma época em que a vida profissional  pode demandar mais atenção.

Mais de 22% de todas as mulheres entrevistadas dizem achar sexo algo “incômodo”. Entre homens casados, 35,2% deles afirmam que o trabalho os deixa muito cansados para fazer sexo (número que aumentou muito desde os 21,3% registrados em 2014), enquanto um número pequeno diz que precisa ver suas mulheres exclusivamente como membros da família em vez de parceiras, ou que a vida sexual esfriou após o nascimento de um filho.

Futuro

“Esta é a primeira vez em que mais de 30% dos homens disseram estar muito cansados para fazer sexo. Além de remanejar as horas de trabalho, é preciso rever a forma que as pessoas trabalham”, diz Kunio Kitamura, presidente da associação que comandou o estudo, à midia japonesa.

A aparente falta de interesse em sexo entre pessoas casadas foi apontada como fator determinante para a baixa taxa de natalidade do país, que faz a sociedade ficar na expectativa de um declínio populacional e uma crise econômica causada pela falta de mão de obra.

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Atualmente, a taxa de natalidade no Japão é de 1,4 filhos por mulher, e é improvável que chegue aos 2,1, nível indicado para garantir a estabilidade da população. Se a nação seguir esse rumo, a população deve cair de 127 milhões para cerca de 86 milhões até 2060.

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