Pesquisas do departamento de psicologia da Universidade Drexel, na Filadélfia, indicam que o “sexting” (envio de imagens sensuais, sexo virtual, entre outras práticas) está profundamente ligado à satisfação sexual. Segundo o estudo, 87,8% dos adultos consultados são adeptos da prática de mandar nudes.

Com algumas precauções, mandar nudes pode ser mais seguro
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Com algumas precauções, mandar nudes pode ser mais seguro

A conduta, porém, divide opiniões. As redes sociais redefiniram conceitos de privacidade e são crescentes os casos de pessoas que tiveram imagens íntimas vazadas  por hackers ou até por ex-companheiros, como forma de vingança. Afinal, existem formas minimamente seguras para se mandar nudes ?

Reunimos algumas dicas de pessoas que enviam fotos íntimas e do "Guia Sensual de Segurança Digital", criado pela Coding Rights (organização que busca reforçar os direitos humanos no mundo digital) que podem reforçar a segurança na hora de mandar fotos picantes.

Anonimato

Apesar de algumas pessoas confiarem muito naqueles que receberão as imagens, todo o cuidado é pouco. É importante evitar que a foto contenha qualquer elemento que possa ser relacionado a quem está nela. Isso significa que é uma boa ideia não deixar que o rosto apareça nas fotos .

Além de omitir o rosto das fotografias, algumas leitoras também aconselham que tatuagens e marcas de nascença também fiquem longe da câmera. "Tampo a cara e tiro em um fundo neutro que não mostre nada que possa ser ligado a mim", afirma uma delas, anonimamente.

Já o guia vai além. Segundo a publicação, "você nunca saberá os limites da síndrome de detetive de alguém" e, portanto, é importante prestar atenção em outros detalhes. É indicado que os metadados da imagem – dados de localização e horário que ficam gravados no arquivo – sejam apagados, o que pode ser feito usando alguns aplicativos gratuitos disponíveis no mercado.

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Busque aplicativos mais seguros

Uma das grandes preocupações na hora de mandar fotos sensuais é a da pessoa que a recebe salvá-las e repassá-las. Por isso, a maior parte das mulheres consultadas envia as imagens em aplicativos como o Snapchat, em que as fotos se autodestroem após algum tempo. Além disso, ele avisa os usuários quando alguém faz uma cópia do material, fazendo com que a pessoa tenha mais controle da situação.

O guia, no entanto, não recomenta o aplicativo. De acordo com a publicação, nenhum meio que seja vinculado a seu número de telefone (Snapchat, SMS, WhatsApp, Facebook, entre outros) é indicado para a prática. Aplicativos criptografados por inteiro, como o Wickr e o Confide, podem fazer com que o usuário corra menos riscos na hora de praticar o sexting.

Guarde tudo a sete chaves

Além de cuidado na hora de tirar e enviar as fotos, é preciso ter cautela mesmo depois que a brincadeira já tiver acabado. Segundo as leitoras e o guia, há várias formas de proteger as imagens de olhos curiosos e hackers.

Aplicativos com senha podem ser uma boa saída. Alguns permitem até a criação de uma senha falsa que, quando utilizada, não exibe o conteúdo real armazenado ali. De acordo com praticantes do sexting, há ainda outras alternativas. "Guardo as fotos em uma pasta zipada e com senha no computador, não deixo nada no celular", comenta uma delas.

O guia alerta ainda para a importância de criar senhas elaboradas que nunca devem cair nem nas mãos de pessoas consideradas confiáveis.

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Tudo fica 100% seguro armazenado em uma pasta secreta, certo? Errado. A publicação alerta que dispositivos podem criar backups salvos em vários lugares e que, por isso, é importante checar as configurações do aparelho utilizado para tirar e mandar nudes e evitar que elas sejam automaticamente salvas em "nuvens".

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