Você tem vergonha de ir a um sex shop ? Então deixe o preconceito de lado e experimente novas formas de prazer. O mercado de produtos eróticos está crescendo no Brasil e a maior parte do público consumidor é feminino. Diferente da realidade de alguns anos atrás, na qual esse universo era dominado por homens.  

Mulheres são as principais consumidoras de produtos eróticos
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Mulheres são as principais consumidoras de produtos eróticos


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De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Mercado Erótico (ABEME), esse mercado está resistindo à crise financeira e, desde 2014, vem crescendo uma média de 8,5% ao ano. Sem contar que, atualmente, os principais consumidores de produtos eróticos são mulheres de 18 a 50 anos.

“Apesar de o machismo continuar forte em nossa sociedade, o grande público do sex shop são as mulheres. Elas interagem e fazem perguntas sobre os produtos. Outro dia uma senhora de 80 anos perguntou, pelas redes sociais, como se utilizava o vibrador . Fiquei feliz com isso”, comenta Rodrigo Bordallo, proprietário do sex shop online Sexo Falado.

O profissional acredita que as mulheres estão quebrando o tabu que envolve a relação com a própria sexualidade e estão procurando formas de aumentar o prazer e de apimentar o relacionamento. Outro ponto positivo, é que não é mais preciso ir necessariamente a uma loja física para adquirir esses tipos de produtos. O mercado online tem conquistado espaço. 

Mudanças no sex shop

Como antes esse universo erótico era dominado por homens, os sex shops tiveram que se reinventar. “Antigamente as lojas eram locais secretos, em que a maioria dos produtos buscavam satisfazer o homem . Hoje esse perfil mudou, as lojas passaram a investir mais em fantasias, brinquedos e artigos que que contribuem para a satisfação sexual feminina ”, conta Rodrigo.

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Essa mudança significativa de público alvo é notada no dia a dia. “O público feminino representa 70% das vendas. Elas não têm um perfil específico, tenho clientes de todas as idades. As consumidoras costumam relatar que estão preocupadas em descobrir mais sobre o próprio corpo”, expõe o profissional.

Acabando com o preconceito

Mesmo as mulheres dominando esse mercado, Rodrigo ainda sente que o preconceito é grande e muitos avanços precisam ser feitos.

Ele conta que recebe questionamentos de mulheres nas redes sociais sobre como utilizar alguns produtos eróticos e, quando isso acontece muitos, homens respondem os comentários fazendo propostas sexuais e pedindo “nudes”.

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“Sinto que, infelizmente, alguns homens ainda acham que a sexualidade e o debate sobre ela é exclusividade masculina, mas não há nada de errado nas mulheres procurarem por produtos eróticos. O machismo não deve prevalecer”, finaliza Rodrigo.

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