Maíra Cardi mostrou, no domingo (26) um antes e depois após parar de tomar leite de vaca. Ela listou os motivos e compartilhou sua experiência. Cardi mostrou fotos de como ela era antes e de como ficou após parar de consumir a bebida. “O leite deixa a barriga da gente quadrada, estufada”, comparou. Ela respondia a dúvida de uma seguidora sobre alimentos zero lactose e, após listar os compostos químicos contidos no leite que podem causar alergia e inchaço, a influenciadora usa a si mesma como exemplo.
No entanto, estudos recentes indicam que o consumo de leite e produtos lácteos não demonstram ter um efeito pró-inflamatório em adultos saudáveis, com sobrepeso, obesidade, síndrome metabólica ou diabetes tipo 2. Pelo contrário, a maioria das pesquisas sugere um efeito anti-inflamatório significativo desses produtos em pessoas saudáveis ou com distúrbios metabólicos, conforme informações do Journal Advances in Nutrition.
Fernanda Maniero, coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, aponta que o consumo de laticínios não é inflamatório, pelo contrário, está associado à diminuição dos níveis de PCR (Proteína C-Reativa), um marcador de inflamação. Os mecanismos por trás desses efeitos incluem a ação de ácidos graxos específicos e a presença de peptídeos bioativos nos laticínios, que têm propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. “Importante desmistificar também que o leite não ajuda inflamar mais quando as pessoas estão doentes”.
“Os laticínios são uma fonte rica em diversos nutrientes essenciais para o corpo, como o cálcio, que é crucial para a saúde óssea e dental. O consumo regular de leite está ligado a uma série de benefícios para a saúde, incluindo a prevenção de doenças crônicas, cardiovasculares e osteoporose, além de promover um melhor desempenho cognitivo”.
Entretanto, a nutricionista alerta que o leite pode ser problemático para pessoas com alergia à proteína do leite de vaca (APLV), podendo causar uma resposta inflamatória. “No entanto, para quem não tem alergias, o consumo de laticínios pode realmente ajudar a melhorar os marcadores inflamatórios em adultos. Para aqueles que são intolerantes à lactose, o consumo de leite pode variar dependendo do grau de intolerância (leve, moderado ou grave), podendo consumir quantidades que sejam confortáveis para eles. Além disso, eles podem optar por leites sem lactose ou usar suplementos de lactase para ajudar na digestão quando consomem leite”.
Os principais tipos de leite disponíveis no mercado diferem pelo teor de gordura, pela adição ou exclusão de nutrientes específicos e pelo tipo de tratamento térmico utilizado na fabricação. “É importante destacar que a escolha de cada tipo de leite deve ser avaliada individualmente e não está relacionada a um potencial efeito inflamatório, pois estudos indicam um efeito anti-inflamatório, além dos benefícios associados ao seu consumo”, ressalta a professora.
Fernanda salienta ainda que crianças que consomem a quantidade recomendada de laticínios têm menor risco de deficiência de nutrientes essenciais, como cálcio, magnésio, fósforo, proteínas, riboflavina, vitaminas A, B12 e D, selênio, potássio e colina. O leite pode ajudar a controlar a pressão arterial e reduzir o risco cardiovascular, e possui efeitos antiobesidade e antidiabéticos.
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