Bárbara Evans se viu no centro de uma polêmica ao permitir que sua filha de um ano e meio, Ayla, provasse um pedaço de bolo
Reprodução/Instagram
Bárbara Evans se viu no centro de uma polêmica ao permitir que sua filha de um ano e meio, Ayla, provasse um pedaço de bolo

Bárbara Evans se viu no centro de uma polêmica ao permitir que sua filha de um ano e meio, Ayla, provasse um pedaço de bolo em uma festa, o que gerou comentários negativos. Em resposta às críticas, a modelo justificou sua decisão de introduzir açúcar na dieta da criança e explicou que não deixa a filha passar vontade.

Através do stories de seu perfil oficial no Instagram, Bárbara mostrou que não se abala com os comentários negativos: "A minha filha é uma criança saudável, não tem problema nenhum de saúde, graças a Deus. Açúcar faz mal? Faz mal. Não sou a favor de dar todos os dias, até porque não tem nem motivo”, iniciou. "Mas assim, aniversário, lógico que ela vai comer um bolo! Por que ela vai ficar olhando, passando vontade, só porque é açúcar? Não, ela não vai. Ela vai comer também!!", a modelo argumentou.

Caroline dos Santos, nutricionista clínica e materno infantil da Clínica Neném da Nutri, explica que açúcar pode ser inserido na alimentação das crianças a partir dos 2 anos, no entanto, não é pra sair adoçando tudo, nem colocar açúcar em tudo que a criança vai consumir. "Por exemplo, se a criança já era acostumada a comer uma receitinha sem açúcar, um bolo sem açúcar, não precisa adicionar açúcar só porque a criança fez 2 anos, mas pode aparecer de forma eventual, sim, na alimentação dela."

Antes dos 2 anos, diz a profissional, não é recomendado, muito pelo fato de que tudo que a gente oferece nesse período, até os dois anos de idade, acaba refletindo tanto na vida dela no curto quanto a longo prazo. Então, o excesso de açúcar pode predispor essa criança a desenvolvimento de obesidade, diabetes, tanto a curto quanto a longo prazo. "E também atrapalha a questão do paladar, a criança está construindo o seu paladar e oferecer alimentos muito doces, alimentos açucarados, ultraprocessados, influencia muito na aceitação dos alimentos mais naturais, então, quanto mais doce essa criança recebe, mais ela se afasta dos alimentos que são mais naturais, como frutas, legumes, verduras."

Caroline esclarece que a introdução alimentar inicia a partir dos seis meses e o bebê apresentando todos os sinais de prontidão. É muito importante que nesse processo, que vai até os dois anos de idade da criança, que começa com seis meses e vai até os dois anos, os responsáveis ofereçam alimentos os mais naturais possíveis. "Então, frutas, legumes, verduras, cereais, tubérculos, leguminosas, legumes, ovos, peixes, oleaginosas, tudo que é ou que vem da terra, que é super natural, ou que seja minimamente processado, como arroz, feijão.""

Por que é tão importante priorizar o natural nessa fase? "Porque nós estamos construindo o paladar dessa criança e é o momento desta conhecer os alimentos. Não necessariamente ela vai comer no início, mas ela está conhecendo. Se a gente já coloca de cara alimentos com açúcar, alimentos ultra processados, a criança passa a preferir já desde o início esse tipo de alimento. A gente não coloca esse tipo de alimento, sempre prioriza alimentos mais naturais possíveis para que essa criança cresça com o hábito de consumir alimentos saudáveis, com hábitos saudáveis. Claro que é muito importante lembrar que a família também precisa ter hábitos saudáveis, porque os responsáveis são realmente o espelho para a criança. Oferecemos tanto alimentos amassados quanto em pedaços pra que a criança possa interagir no momento da alimentação, da refeição, que ela possa pegar, amassar, jogar no chão, porque realmente o comecinho ali é muito mais sobre conhecer do que comer."

Caroline diz que não existe muito o que oferecer em cada fase, porque a alimentação da criança, a base dela, precisa ser de alimentos naturais, tanto na introdução alimentar, quanto do de uma criança maior, quanto de um adulto, mas, por exemplo, a partir dos nove meses a gente já consegue ter uma certa flexibilidade com relação a algumas coisas. 

"Eu costumo liberar receitinhas aos nove meses que não contenham açúcar ou que não contenham sal também, porque o sal não é recomendado antes de um ano, então vai para uma festinha e quer que a criança participe daquele momento que as pessoas estão comendo um bolo, por exemplo, dá para levar um bolinho de banana sem açúcar, por exemplo", explica a nutricionista.

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