A atriz Sophia Valverde virou assunto nas redes sociais ao revelar que faz jejum de 16 horas para emagrecer. Em entrevista, a atriz de 'Turma da Mônica' explicou a rotina de alimentação.
"Faço jejum de 16 horas, todo dia. Eu termino de comer às 18h e volto a comer às 12h do dia seguinte", contou.
A médica nutróloga Fernanda Cortez, pós-graduada pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia), com especialização em Endocrinologia e Diabetes pela Harvard Medical School, em entrevista ao iG Delas, esclarece o que é o jejum intermitente e quais suas aplicações.
O que é o jejum intermitente e como funciona?
O jejum intermitente é uma dieta onde se faz períodos de jejum prolongados, normalmente de 12 até 24 horas, durante os quais apenas se pode beber água e bebidas não calóricas, como chás ou café, sem açúcar ou adoçante. Quando comemos o tempo todo, os níveis de glicose e insulina aumentam e desativa a autofagia das nossas células. No jejum intermitente os ácidos graxos são usados como fonte de energia. A dieta faz com que o corpo use o seu estoque de gordura onde consequentemente ajuda na perda de peso e na redução dos níveis de insulina.
Quem pode fazer?
É indicado, de forma geral, para pessoas que já seguem uma dieta equilibrada há um bom tempo e, especialmente, quem faz dieta com baixa ingestão de carboidratos. Não devem ser feitos por crianças, idosos, gestantes e mulheres que estão amamentando, quem sofre de diabetes tipo I e é dependente de insulina.
Prós e contras?
Feito de uma forma correta e bem conduzida por um médico a dieta traz ótimos resultados, inclusive com embasamento científico. Além do emagrecimento, o jejum também pode ajudar a reduzir o risco de doenças metabólicas, como diabetes tipo 2 e doenças cardíacas, prolongar a juventude, ajuda nas articulações, entre outros benefícios.
O ideal de jejum que recomendo aos pacientes é iniciar com jejum de 12 horas e depois aumentar para 16h, e até no máximo 18 horas. O jejum ajuda a melhorar e acelera a função cognitiva e cerebral, alguns estudos também demonstram que a dieta pode ajudar no crescimento de novos hormônios, além de promover a neuroplasticidade no hipocampo, que é o centro do cérebro responsável pela memória e pelo aprendizado.
Mas, se ficamos muitos dias em jejum, começamos a consumir todo estoque de glicogênio muscular - glicogênio é o açúcar do músculo, o que faz a gente ter massa muscular. Então começamos a consumir glicogênio e proteína como fonte de energia, isso vai diminuindo muito a nossa massa muscular, vai queimando o músculo mesmo, com isso a pessoa senti tremor, irritação, confusão mental, causa muita hipoglicemia porque diminui a quantidade de glicose que é super importante também para o nosso cérebro.
O corpo começa a fazer muito esforço para manter a atividade cerebral alta, para se manter ativo, queima toda a glicose, começa a queimar também a gordura do fígado, mas de uma forma não saudável, começa a consumir proteína também como fonte de energia, o que não é bom, porque a gente passa a não formar mais aminoácidos e converte de uma forma tóxica e ruim, piora a função cerebral, piora o humor e causa muita irritação e tremor por conta da hipoglicemia. Por isso a importância de um acompanhamento médico.
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