Médica endocrinologista fala sobre gatilhos para a compulsão alimentar e indica sete práticas para o dia a dia
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Médica endocrinologista fala sobre gatilhos para a compulsão alimentar e indica sete práticas para o dia a dia

Segundo números recentes divulgados pela Organização Mundial da Saúde, ao menos 4,7% da população brasileira sofre com transtornos alimentares. A compulsão alimentar é um distúrbio caracterizado pelo consumo de uma grande quantidade de alimentos em um curto espaço de tempo. A Dra. Elaine Dias JK, PhD em endocrinologia pela USP, afirma que esse distúrbio periódico está muito relacionado a gatilhos emocionais como estresse e ansiedade.

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De acordo com a médica, a exaustão acumulada pelo dia a dia leva as pessoas a procurarem por comidas mais palatáveis, as mais gordurosas e açucaradas, vistas como forma de recompensa pelo dia desgastante. E a busca por ajuda especializada na maioria das vezes surge quando a pessoa se dá conta de que não está feliz com ela mesma, se sentindo mal, cansada, desanimada e já está causando algum problema de saúde, como diabetes, hipertensão, artrose, colesterol elevado e esteatose hepática.

Para amenizar os gatilhos da compulsão alimentar gerados na rotina, a Dra. Elaine listou sete práticas que precisam ser incorporadas à ao dia a dia, independentemente da atividade profissional, de ter alguma patologia ou idade. São elas:

- Realizar atividades físicas de forma regular: a sensibilidade de neurotransmissores se torna uma aliada para diminuir a vontade de consumir alimentos ruins;

- Criar um ambiente magro em casa e no trabalho: evitar um ambiente obesogênico, pois no episódio de compulsão, se tiver acesso somente a alimentos magros, automaticamente irá comê-los no lugar de opções prejudiciais à saúde.

- Dormir de 7 a 9 horas por noite: focar na qualidade do sono;

- Evitar ir tarde da noite para a cama: o ideal é que o indivíduo durma no máximo até às 23h, isso porque a partir desse horário acontecem várias alterações no ciclo circadiano de vários hormônios, como testosterona, cortisol, GH, a Grelina, a leptina, entre outros que ficam alterados durante o dia, e essas alterações levam ao aumento da fome, irritabilidade, dificultam o ganho de massa magra e músculo, pioram a composição corporal;

- Realizar a higiene do sono: criar uma rotina que ajude a preparar o corpo e a mente para o sono, como evitar luzes de aparelhos tecnológicos, estudar ou comer na cama. Dessa forma, o psicológico irá associar o quarto com a hora de dormir, promovendo a qualidade do sono;

- Ingerir comidas mais saudáveis: alimentação rica em fibras é uma grande aliada. Além da sensação de saciedade, ajuda a diminuir os níveis de açúcar;

- Inserir a meditação no dia a dia: reduz o estresse e a ansiedade, evitando a compulsão.

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A endocrinologista enfatiza, que, em relação ao consumo de alimentos, uma dica para saber se eles são ideais ou não é ter em mente a importância do descascar mais e abrir menos. “Ingerir o máximo possível de alimentos não industrializados, que sejam frescos e naturais, evitando opções que são fabricadas e, principalmente, os ultras processados e ricos em gordura trans. Esses alimentos levam à inflamação do nosso corpo, piorando o hormônio do estresse, que é um dos principais gatilhos da compulsão alimentar”, finaliza.


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