Você já ouviu falar da dieta da banana? Apesar de existir diferentes versões, o regime semi-restritivo consiste em se alimentar diariamente da fruta, que conta com uma produção anual de cerca de 104 milhões de toneladas, durante o café da manhã, com opção de substituir todos os alimentos da refeição matinal por banana à vontade ou consumir apenas quatro bananas acompanhadas de um ou dois copos de água a temperatura ambiente ou morna.
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A dieta, que viralizou em 2008 no Japão, foi criada pela farmacêutica Sumiko Watanabe, especialista em medicina preventiva, e promete emagrecimento rápido e eficiente, o que vem chamando novamente a atenção e ganhando espaço na rotina dos brasileiros. Segundo dados do Google, as pesquisas pela dieta da banana aumentaram 2000% nos últimos três meses, entretanto, poucos falam sobre os riscos e a real eficácia da tendência do momento.
“A banana é uma fruta classificada como um alimento com alto valor nutricional, sendo rica em potássio, vitaminas do complexo B, magnésio, fibras e triptofano. A fruta também possui efeito antioxidante, antibacteriano, antitrombótico, vasodilatador, anti-inflamatório e anticarcinogênico, que comprovam que a fruta pode ser explorada como uma fonte alimentar barata e rica em fibras dietéticas”, explica o médico nutrólogo Jefferson Alexandre, que faz parte do time da Odara, centro de bem-estar que integra estética, academia e spa, e que inaugura, em 25/03, sua segunda unidade em Campinas (SP).
“A redução de peso defendida pela dieta da banana se daria pela saciedade causada pela fruta, ao criar uma espécie de gel no estômago que levaria à demora da digestão, porém, o consumo exagerado da fruta pode dificultar o emagrecimento, justamente por ela ser rica em carboidratos, o que aumenta o valor calórico das refeições”, complementa.
Outros pontos de atenção levantados pelo especialista em medicina integrativa e longevidade são as orientações dispostas nas dietas, já que as mesmas precisam ser baseadas nos gastos energéticos e taxas metabólicas de cada pessoa, sendo necessário distribuir os nutrientes nos horários e refeições corretas.
“É imprescindível o acompanhamento de um profissional especializado, para um projeto alimentar personalizado que entenda todas as exigências de cada paciente e trabalhe em conformidade com o organismo para benefícios reais. Na dieta da banana, por exemplo, a refeição principal do dia acaba tendo pouca variedade de nutrientes, o que, ao longo do tempo, pode ocasionar falta de energia para realizar atividades do cotidiano. É preciso que as refeições sejam equilibradas e combinem carboidratos, proteínas e lipídios”, explica.
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Vale ressaltar que, de acordo com orientação do médico, pacientes renais crônicos e diabéticos não são indicados para essa dieta, já que o primeiro grupo não deve consumir grande quantidade de potássio e o segundo grupo deve evitar por conta da fruta ser rica em açúcar. “Consumir banana é recomendado e traz resultados satisfatórios para a saúde, porém, deve haver também estímulos de outros nutrientes ao longo do dia, para uma dieta equilibrada e que auxilie, realmente, na perda de peso. Tudo feito com acompanhamento e equilíbrio”, finaliza Jefferson.