O verão está a todo vapor, e, com ele, chegam as altas temperaturas e uma grande exposição ao sol. Em países como o Brasil, onde os termômetros chegam a marcar 40º em cidades litorâneas, é importante se atentar aos cuidados com a pele. Por mais que um corpo bronzeado seja o preferido entre as brasileiras, a famosa ‘marquinha’ de biquíni pode esconder grandes riscos.
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Em épocas de muito calor, é muito comum que pessoas visitem parques aquáticos, praias, piscinas e atividades ao ar livre em geral. Nesse período, a incidência dos raios ultravioleta, nocivos à saúde, é mais prevalente. Esses raios são capazes de danificar e promover mutações nas células que compõem a pele.
Essa exposição pode levar a diversos problemas de saúde, como manchas na pele, rugas, foto conjuntivite e queimaduras. No entanto, o maior risco é o câncer de pele, tumor maligno mais incidente no Brasil, com mais de 229 mil novos casos a cada ano. Esse valor é cerca de 31,3% dos casos de câncer registrados, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
“O câncer de pele é causado pelo crescimento desordenado de células anormais da pele. De modo geral, os cânceres de pele podem ser classificados em 2 subgrupos: o não-melanoma e o melanoma. O primeiro é o mais prevalente, tem crescimento lento e surge na camada mais profunda da epiderme, com maior incidência em regiões expostas ao Sol”, explica Sheila Ferreira, oncologista do Grupo Oncoclínicas.
A alta exposição ao sol também é um dos principais fatores que contribuem com o envelhecimento precoce, provocado por rugas, linhas finas e a flacidez geral da pele. Esse processo é conhecido como fotoenvelhecimento. “A principal forma de se proteger é evitar a exposição solar de forma prolongada e desprotegida”, reflete a médica.
“É preciso redobrar os cuidados diários durante o verão, reaplicando o filtro solar a cada 2 horas ou após o uso da piscina e durante as atividades de lazer ao ar livre, e investir nas barreiras físicas de proteção”, aponta Flávia Villela, médica especialista em dermatologia.
O uso de protetor com fator de proteção solar (FPS) é indispensável. É necessário reaplicar o produto com frequência, além do uso de uma barreira física associada, como óculos escuros e guarda-sol. As roupas também são aliadas da proteção da pele, como barreiras como bonés, chapéus, roupas de alta proteção UV.
“Vale permanecer na sombra entre 10 e 16 horas e optar por barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. Além disso, os cuidados devem se estender para a proteção dos lábios e cabelos também, durante o ano todo”, aponta.
A especialista explica que outro ponto é a hidratação adequada, tanto pela ingestão de água, quanto pelo uso de dermocosméticos: “eles são essenciais para os cuidados com a pele. Essas ações impactam positivamente na saúde e qualidade da pele, potencializando a proteção e prevenção contra problemas futuros.”
O período pós-sol também deve ser de cuidados. Fuja de duchas escaldantes: os banhos devem ser tomados na temperatura de morna a fria e não devem ser muito longos. Segundo Flávia, o ideal é usar sabonetes que não agridam a pele do rosto e corpo, além da aplicação de um hidratante após o banho.