Eloiza Paula Trindade, de 29 anos, conseguiu perder 40 kg com uma reeducação alimentar. Antes disso, ela conta que passou por dias difíceis e já estava tão acima do peso que nem subia na balança mais. “A última vez em que me pesei, antes de dar início a esse processo de emagrecimento, estava com 116 kg”, conta a carioca.

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Eloiza não acreditava que poderia perder tantos quilos fazendo uma reeducação alimentar, mas agora está focada
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Eloiza não acreditava que poderia perder tantos quilos fazendo uma reeducação alimentar, mas agora está focada


Ainda segundo ela, a dificuldade para perder peso sempre existiu, mas piorou depois que terminou um relacionamento. “Eu já havia desistido de emagrecer, tentei de tudo e me entreguei a engordar, já que a minha genética não favorecia e não sabia o que fazer para mudar. Até que minha irmã fez uma última tentativa e me levou a um endocrinologista, que foi mais um psicólogo para mim, e me aconselhou a fazer a reeducação alimentar ”, explica.

No consultório médico, Eloiza conta que o especialista a fez pensar sobre a vida e a importância da autoestima. Em uma rápida conversa, conseguiu convencê-la a seguir uma dieta, cortando carboidratos simples, como farinha de trigo, pão, massas, arroz e alguns grãos. “Deixei de comer feijão, grão de bico, milho, e aumentei o consumo de água e salada”, diz ela.

Além da ingestão de muitos legumes, como cenoura e beterraba, Eloiza conta que tinha liberação para comer ovos, batata e tapioca, mas cortou totalmente o açúcar e o refrigerante do cardápio. No início, ela admite que não foi fácil e pensou seriamente em desistir, já que também não teve o apoio de muitas pessoas, mas pensou um pouco em si e percebeu que precisava se esforçar pela saúde.

Não foi só por estética

Mulher conta que sofria de fascite plantar, dor nos joelhos e falta de ar antes de fazer dieta e perder peso
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Mulher conta que sofria de fascite plantar, dor nos joelhos e falta de ar antes de fazer dieta e perder peso


Antes de seguir as recomendações do endocrinologista, Eloiza conta que sentia muitas dores nos pés e foi diagnosticada com fascite plantar. Além disso, ela sentia peso nos joelhos e já não conseguia dormir bem, pois acordava várias vezes durante a noite com dificuldade para respirar. Tudo isso, ela sabia que tinha relação com a obesidade, mas tinha muito medo de fazer a cirurgia bariátrica. Por isso, decidiu pegar firme na reeducação alimentar.

“Aos poucos, a minha calça começou a ficar larga, e eu percebi que já dava para notar alguns benefícios. Senti que a dor no joelho começou a diminuir, a inflamação nos pés começou a melhorar. Isso foi o que me deu garra para continuar e não 'meter o pé na jaca'”, conta ela, que resolveu estabelecer uma meta para não se desesperar ao longo do tratamento.

“Eu sabia que seria difícil, então resolvi trabalhar para perder de cinco em cinco quilos por vez. Eu não me via do tamanho que estava e, quando olho para as minhas fotos antigas, fico chocada. A gente tem uma distorção da autoimagem quando está assim”, afirma.

No começo, o médico avisou para Eloiza que o resultado poderia demorar um pouco para ser notado e, por isso mesmo, não indicou a academia para a moça, que poderia ganhar massa muscular e ficar frustrada. Para acompanhar a reeducação alimentar, ele pediu para a paciente fazer caminhada e exercícios aeróbicos, e só liberou a musculação alguns meses depois.

“Só agora entrei na academia, estou no meu primeiro mês ainda e quero pegar firme na musculação para não correr o risco de ficar flácida. Estou fazendo de terça a sábado e muitos exercícios aeróbicos para continuar perdendo peso”, conta ela, que está com  74 kg, mas quer chegar aos 60 o quanto antes.

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“Uma nutricionista falou para mim que é impossível eu chegar a esse peso de novo porque eu já tinha pesado isso uma vez, quando fiz uma dieta louca, aos 18 anos, e eu botei na minha cabeça que não seria impossível. Isso virou uma meta e eu sei que vou conseguir, mesmo a médica duvidando”, diz confiante.

Vida nova


Embora ainda precise perder mais alguns quilos para atingir o objetivo final, a carioca conta que sua vida já está bem diferente. Agora, mais magra, ela se emociona ao lembrar tudo o que passou para chegar até onde está e diz que fica orgulhosa só de pensar que sua história servirá de exemplo para outras mulheres, que também sofrem com a baixa autoestima e não encontram forças para tomar uma atitude.

“Hoje, consigo entrar em uma loja e saber que vou encontrar uma roupa do meu tamanho. Antes, as vendedoras me olhavam dos pés a cabeça e diziam que ali não tinha roupa para mim. No ônibus, ninguém queria sentar do meu lado, e até para amarrar os meus sapatos eu sentia dificuldade”, conta ela.

Nos relacionamentos, a moça também percebeu a diferença. Quando pesava mais de 100 kg, ela diz que era vista como um “ser assexuado” e sofria muito com os olhares que recebia dos homens. “Me tratavam como se eu não tivesse libido, sentimento, não merecesse carinho. Eu era invisível para as pessoas e ficava muito triste com tudo isso”, desabafa.

Assim que emagreceu, Eloiza conta que recebeu uma cantada e ficou até sem reação. O dia mais emocionante dessa nova fase, porém, foi quando conseguiu ir para um sítio andar de tirolesa. Anos atrás, ela havia sido proibida de subir no brinquedo por causa do seu peso. “Também teve uma vez em que eu fiquei um tempão na fila, em um parque, e quando chegou a minha vez, tive que sair por causa da segurança”, revela.

Além da reeducação alimentar, a carioca atribui essa conquista ao seu foco e aproveita para aconselhar outras pessoas que passam pela mesma situação. Segundo ela, acreditar que emagrecer é possível e nenhum esforço é feito em vão é o primeiro e principal passo.

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“Eu tirei o ‘eu não consigo’ do meu vocabulário. Penso que, com Deus, posso até o impossível. A gente tem uma força, uma garra, que se a gente quiser, a gente escala até o Everest. É só acreditar.  Eu não acreditava que conseguiria emagrecer tantos quilos, mas agora acredito que vou conseguir até mais porque estou muito motivada”, garante ela, que um dia apostou as fichas na reeducação alimentar e agora aposta tudo na atividade física. 

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