Quando o assunto é dieta, a cada semana - ou até mesmo - surge um novo estudo ou uma nova orientação. Com o passar do tempo e o avançar as pesquisas, algumas coisas que eram consideradas verdades absolutas deixaram de fazer sentido. 

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Pensando nisso, o jornal "The Washington Post" fez uma lista com 5 fatos os quais costumávamos acreditar sobre dieta e que hoje já caíram por terra. Veja os detalhes:

1. Toda gordura é ruim

Com moderação, o azeite de oliva é muito bem-vindo na dieta atualmente
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Com moderação, o azeite de oliva é muito bem-vindo na dieta atualmente

Se você quer entrar forma, deve parar de consumir gordura. Provavelmente deve ter escutado algo do tipo por aí. Nos anos 90, por exemplo, um bom café da manhã era um pão sem nenhum acompanhamento. Nada de manteiga, pasta de amendoim ou cream cheese. Até itens como castanhas ou abacate já foram condenados. 

Atualmente, é sabido que existem gorduras boas para o corpo. Principalmente aquelas presentes em peixes, azeite de oliva, sementes e castanhas ajudam a reduzir o risco de desenvolver doenças, como diabetes do tipo 2, e também a controlar o peso. Essas gorduras deve, sim, fazer parte do cardápio. Saiba mais no link abaixo: 

Leia também: Gordura deve entrar na dieta, sim! Saiba a forma correta de consumir

2. Frutose é boa para diabéticos

Açúcar das frutas pode ser saudável em alguns casos e vilão em outros
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Açúcar das frutas pode ser saudável em alguns casos e vilão em outros

Um texto de 1995 afirmava que essa substância não causava problemas de aumento de açúcar no sangue em diabéticos. A frutose, que é o açúcar das frutas, não faz mal em pequenas quantidades, mas nos 90 ela era amplamente usada como adoçante em alimentos processados porque muitos pensavam que isso era mais saudável que o açúcar branco refinado. Aí vem o problema. 

O excesso de frutose, principalmente em forma de xarope de milho, está relacionado a resistência a insulina e diabetes do tipo 2 e não faz bem para diabéticos no geral. O excesso da substância ainda está ligado a obesidade, síndrome metabólica e doeças cardiovasculares. 

A frutose natural das frutas continua não fazendo mal, mas o exagero em forma de adoçante não é recomendado, seja a pessoa portadora de diabetes ou não. 

3. Toda caloria é igual 

Caloria é caloria, não importa a fonte? Esse conceito também já caiu
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Caloria é caloria, não importa a fonte? Esse conceito também já caiu

Nos anos 90, era comum um professor de nutrição dizer: "Não importa se você come 300 calorias com um chocolate ou em maçãs, caloria é caloria". 

Atualmente, os profissionais não consideram mais toda caloria igual. O número até pode ser o mesmo, mas é levado em conta a origem daquela caloria e os outros nutrientes envolvidos. As calorias de um refrigerante não são encaradas como as calorias de um legume, que é muito mais rico em nutrientes que a bebida. 

 4. Único problema do açúcar é provocar cáries

Pode ou não pode ingerir açúcar?
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Pode ou não pode ingerir açúcar?

A reportagem diz que antes era comum abusar de doces desde que eles fossem sem gordura - afinal a gordura era apontada como a grande vilã. Comer coisas açucaradas podia apenas dar cáries nos dentes, mas para resolver isso bastava manter uma boa higiene bucal. Hoje todos sabem que não é bem assim. 

Diversos estudos relacionam o abuso no consumo de bebidas açucaradas com o aumento do risco de diabetes do tipo 2, obesidade, demência e problemas no coração. A recomendação da American Heart Association é não ultrapassar seis colheres de sopa de açucar por dia para mulheres e nove para os homens, e isso inclui tudo o que leva o ingrediente e não apenas o açúcar que usa para adoçar seu cafezinho. 

Leia também: Veja o teor de açúcar em alimentos comuns do dia a dia

5. Para emagrecer, basta contar calorias

Emagrecer e combater a obesidade é só uma questão de contas? Não mais
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Emagrecer e combater a obesidade é só uma questão de contas? Não mais

Por muito tempo a matemática para emagrecer era diminuir a ingestão de calorias na alimentação e queimar mais calorias com exercício. Ou seja, para perder peso bastava comer menos e se mexer mais. Com essa ideia, pessoa obesas ou acima do peso eram apenas consideradas preguiçosas. 

Agora é conhecido que a obesidade e o processo de emagrecimento envolve muito mais coisas que apenas números. É preciso levar em conta aspectos como genética, emocional, ambiente no qual a pessoa vive além de alimentação e exercícios. Também há estudos que relacionam obesidade a hormônios, algo que não era citado nos livros em 1990. Por isso nem sempre seguir a matemática resulta em perda de peso e isso não é culpa do paciente. 

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